São Paulo, segunda-feira, 12 de dezembro de 1994
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Diretor nega desvio de verba

DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-diretor da Penitenciária de Franco da Rocha, Amador Bueno de Paula, negou, ao depor na sindicância da secretaria, ter conhecimento das fraudes nas licitações. Ele negou ainda a existência de um esquema para desviar dinheiro da conta do Tesouro estadual.
O ex-diretor apresentou cópias de suas declarações de renda para tentar provar que seu patrimônio é compatível com seu salário.
Bueno de Paula foi substituído na direção da penitenciária por Raul Ribeiro. Ribeiro confessou ter recebido dinheiro desviado. Ele disse que recebeu de presente de Bueno de Paula uma Pampa.
Ribeiro afirmou que Bueno de Paula presenteou um funcionário do presídio, que hoje é delegado de polícia, com um Santana –os dois carros teriam sido pagos com cheques da conta do Estado.
Ribeiro disse ainda que Bueno de Paula comprou um sítio em Ipoã e construiu uma casa no condomínio Riviera de São Lourenço, em Bertioga (litoral de SP).
Outro acusado, Valdir Aniello, afirmou não ter nenhuma prova sobre o esquema. Em depoimento na sindicância, disse que sabia da existência de irregularidades.
Ao depor, o ex-diretor financeiro, Wilson José Gomes, entregou 29 comprovantes de depósitos bancários que ele teria feito para familiares de Bueno de Paula e outros diretores do presídio.
Ele e o ex-diretor do setor de despesas José Raimundo Gonçalves admitiram ter desviado dinheiro público para contas particulares.

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