São Paulo, quarta-feira, 14 de dezembro de 1994
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A morte de Tom; Angeli e os contabilistas

Collor absolvido
"Quem montou o processo de Collor? Como é que não juntaram todas as provas satisfatoriamente? Foi para os ministros não verem? E os ministros, estão brincando de esconde-esconde? Que precariedade é essa? Que país é este? Onde está a Justiça?"
Silvia de Castro Arruda (São Paulo, SP)

"Aos ministros que se declaram cristãos, e que não aceitam como provas havidos fatos, porque corroborados através de procedimentos ditos ilegais, é oportuno lembrar as palavras de Jesus: 'Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que pagais o dízimo da hortelã, do funcho e do cominho, mas que transgredis os pontos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade' (Mateus, 23-27)."
Marcello Madeira Rosière (São Lourenço, MG)

"Collor foi absolvido. Fez-se justiça. Fortaleceu-se a democracia. Sem histerias. Desolados estão os políticos medíocres, os lobistas fracassados, os empresários desonestos e os juristas de araque, travestidos de analistas, que fazem uma força danada para tentar mostrar que são isentos."
Vicente Limongi Netto (Brasília, DF)

"Até quando a Justiça caminhará atrás dos acontecimentos históricos e das aspirações políticas do povo?"
Altivo Ovando Junior (São Paulo, SP)

"Cada vez mais o jornalista Gilberto Dimenstein torna-se um brilhante colunista diante de uma mídia babaca que tende a usar a opinião pública em seu próprio benefício. É raro ultimamente lermos artigos como 'O STF está certo', da edição de ontem."
Wilson Roberto Vicente (Santo André, SP)

"A absolvição do ex-presidente Fernando Collor pelo STF é uma grande bofetada na cara dos milhões de brasileiros que saíram às ruas com as caras pintadas exigindo justiça, e que agora estão coradas de vergonha..."
Mario Negreiros dos Anjos (Niterói, RJ)

"Existe um aspecto que deve ser mudado: é a indicação dos ministros do STF pelo presidente da República. Esse mecanismo deve ser alterado para dar ao STF a autonomia que precisa para tomar as decisões mais diversas."
Edson Renato Gonçalves (Curitiba, PR)

"A memória nacional está de luto. Por favor, abram as portas e as celas das cadeias para os criminosos menores. É a melhor maneira de se fazer justiça à hipocrisia dos homens."
Wilson Gonsalez (Garça, SP)

"Roubo pequeno no Brasil não compensa. Os ladrões de galinha precisam se profissionalizar. A absolvição de Fernando Collor mostrou isso."
Raul Isidoro Pereira (São Paulo, SP)

"Condenou-se Fernando Collor politicamente apenas. Isso é insuficiente face aos enormes prejuízos e transtornos causados por ele à nação."
Roberto Gomes Caldas Neto, presidente da Associação Brasileira de Defesa do Contribuinte (São Paulo, SP)

"O STF cassou o Lucena, o Congresso quer absolvê-lo. O Congresso cassou o Collor, agora o STF o absolveu. E o povo brasileiro?"
Gijo Kikuti (São Paulo, SP)

"A absolvição é mais que um retrocesso. É querer apagar da memória de cada brasileiro o senso de decência."
Marilu André (São Paulo, SP)

"Tive um pesadelo! Sonhei que Fernando Collor, PC Farias e Cláudio Vieira foram inocentados por não haver nas 40 mil páginas dos autos uma única prova contra eles!"
Daniel Rocha (São Paulo, SP)

"Rui Barbosa anteviu os dias de hoje em sua 'Oração aos Moços', advertindo que se chegaria a ter vergonha de ser honesto."
Evaldo Fernandes Araújo (Santos, SP)

"Gostaria de me manifestar favorável ao controle externo do Judiciário."
Orlando Januário dos Santos (Belo Horizonte, MG)

"Liberou geral!"
Marcos Moreno (Varginha, MG)

"Para que a palhaçada fique mais engraçada, deveriam colocar novamente Collor na Presidência."
Renato Angelo Basso (Tietê, SP)

"Como calar a indignação e a humilhação dos que lutam pela democracia e pela ética após o vergonhoso veredicto dos ministros do Supremo?"
Ernani Miura (Porto Alegre, RS)

"Isso só acontece no Brasil."
Adriel dos Anjos (Embú, SP)

"No Collorgate, se a justiça dos homens foi escandalosamente falha, resta-nos o consolo que a divina tem dado sinais que não falhará..."
José Carlos Nascimento (São Paulo, SP)

"O que resta é não fecharmos nossos olhos diante de tal agressão à ética e à dignidade nacional."
Alessandra Roberta Tamoyo (Guarulhos, SP)

A morte de Tom
"A morte de Tom representou um desafio especial para os nossos grandes jornais. Era preciso levar ao leitor a cobertura correta e completa, capaz de enriquecer o perfil do maestro sem exageros e pieguices. A Folha fez tudo isso no magnífico caderno especial da edição de 9/12. Sem dúvida o melhor trabalho publicado por qualquer dos grandes jornais brasileiros."
Mauro Salles, publicitário (São Paulo, SP)

"Aqui em Piracicaba, sem que isso cause constrangimento em ninguém, Luiz de Queiroz está enterrado em pleno jardim da escola que tanto amou. Seu monumento é a sua escola. No Rio de Janeiro, Tom Jobim deveria, mesmo, é ter encontrado o fim da sua canseira no Jardim Botânico, entre as árvores e passarinhos que tanto amou."
Roberto Antônio Cera (Piracicaba, SP)

Angeli e os contabilistas
"Manifestamos nosso repúdio ao trabalho do cartunista Angeli publicado na edição de 11/11 da Folha (reproduzida acima), o qual, centrado numa generalização simplista e perigosa, lança uma maliciosa suspeição sobre a atividade dos contabilistas. Entendemos perfeitamente o sentido e a importância do humor, mas acreditamos que, quando se leva tudo na brincadeira, o engraçado vira desrespeito e pode se transformar numa infeliz aliança do culto à irresponsabilidade."
José Serafim Abrantes, presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

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