São Paulo, quinta-feira, 15 de dezembro de 1994
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Entrega de importados beira o caos

SUZANA BARELLI E CAROLINA CHAGAS
DA REPORTAGEM LOCAL

A abertura da economia brasileira, que vem combinando crescimento simultâneo das importações e das exportações– trouxe o caos aos portos e aeroportos nacionais. Uma greve dos Correios, iniciada ontem, tornou ainda pior o já arrastado fluxo dos bens que entram e saem do país.
Às montanhas de mercadorias estrangeiras empilhadas nas alfândegas, somam-se agora 18 milhões de cartas e encomendas não entregues ontem, apenas em São Paulo
O país bateu em novembro seu recorde de importações –US$ 3,96 bilhões. É um número aterrador para quem tem que lidar com o que ele expressa –cargas.
Os Correios recebem hoje 7 mil importados por dia, resultado da crescente compra por catálogos, incentivadas pelo Plano Real. Há dois anos, eram 2 mil/dia.
O terminal do Aeroporto de Guarulhos tem capacidade para mil toneladas. Só em outubro, chegaram do exterior 4,5 mil t e deixaram o país outras 4,5 mil t.
Filas de navios aguardam há dias descarregamento no cais do porto de Santos, o maior do país. No ano até novembro, segundo a Codesp, o movimento de cargas bateu seu recorde histórico e atingiu 31,4 milhões de t.
Os atrasos na entrega de mercadorias interromperam parte da produção das empresas e devem frustrar o Natal de consumidores que contavam com encomendas do exterior.
A Receita Federal reúne-se hoje em Brasília com as companhias aéreas para definir novas normas que permitam agilizar o despacho das mercadorias nos aeroportos.
O critério de seleção da Receita prevê que cerca de 50% da carga seja liberada imediatamente.(Suzana Barelli e Carolina Chagas)

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sobre greve nos Correios e importados na pág. 2-3

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