São Paulo, quinta-feira, 15 de dezembro de 1994
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País é o quinto na lista de investidores

NELSON BLECHER
DA REPORTAGEM LOCAL

O Brasil foi classificado na quinta posição entre os países que receberão investimentos prioritários de multinacionais nos próximos dois anos.
O país salta para a terceira colocação, atrás da China e do México, se consideradas as opções de investimento de empresas norte-aericanas –justamente as que mais apostarão em mercados emergentes nesse período.
É o que revela estudo mundial da consultoria Ernst & Young, que aponta a China como prioridade número um para 57% das multinacionais, seguida pela Índia.
A América Latina, liderada pelo México, deverá se tornar, depois da Ásia, o segundo pólo mundial de atração de investimentos –50% das empresas norte-americanas e 25% das européias elegeram a região.
Energia, telecomunicações e serviços públicos são apontados como setores prioritários na América Latina por 65% dos investidores.
O estudo detectou que o Brasil abriga atualmente 37% das principais operações de multinacionais européias e de 30% das empresas inglesas.
"O país volta rapidamente ao cenário internacional", disse o argentino Cristobal Neild, presidente da filial da Ernst & Young.
Potencialidade do mercado e lucratividade surgem como fatores decisivos de investimento para a maioria das múltis. Instabilidade política e risco financeiro são os principais obstáculos.
Operar em mercados nos quais vigora estabilidade monetária foi citada como segundo fator decisivo pelas múltis norte-americanas e inglesas.
Apenas 18% das entrevistadas não citaram barreiras significativas para investir em mercados emergentes. As multinacionais japonesas são cautelosas e não esperam aumentar seus investimentos.
Baixo custo de mão-de-obra, acesso a matérias-primas e subsídios governamentais são fatores atualmente minimizados.
Cerca de 2/3 das múltis consultadas disseram que aumentarão o volume de seus investimentos em mercados emergentes nos próximos cinco anos.
Metade das multinacionais entrevistadas (53%) tem expectativa de firmar parcerias com empresas locais.
O estudo, realizado entre agosto e outubro passado, retrata intenções de investimentos das 1.000 maiores empresas mundiais, com base em 230 entrevistas.

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