São Paulo, segunda-feira, 19 de dezembro de 1994
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Presentes coloridos podem acabar em sorriso amarelo

DA REPORTAGEM LOCAL

A alegria do Natal pode se transformar em decepção se você imaginou ganhar "aquele" presente e, em vez de um saco cheio de objetos do desejo, Papai Noel traz uma mala sem alça.
A atriz Deborah Secco, 13, a Carol do seriado "Confissões de Adolescente", lembra do presente que ganhou no ano retrasado como sendo o mais "mala" de sua vida: uma queijeira.
"A minha avó me deu uma queijeira, um presente para casa que eu nunca ia usar", conta.
Ela diz que na hora ficou sem graça. "Não queria que minha avó percebesse que eu não tinha gostado", diz. Deborah acabou dando a queijeira para a mãe, que a usa até hoje.
Mas as tias parecem ser as campeãs na arte de dar presentes inadequados. "No ano passado, minha tia me deu dois pares de meias com florzinhas", conta o músico Ricardo Ribeiro, 23.
Às vezes a tia passa por uma liquidação e acaba dando presentes iguais para todo mundo. "Ganhei um pijama de mangas curtas, de malha, marrom. Meus dois irmãos ganharam a mesma coisa, só que de outra cor", lamenta André Giovannetti, 17.
Outra fonte de presentes "mala" é o tradicional amigo secreto de fim de ano.
"Já ganhei aqueles brincos de canudinho, de feira hippie, e teve um ano que recebi três porta-retratos", diz a auditora Andrea Pessoa, 23.
Para evitar os problemas, o melhor é prestar atenção no estilo da pessoa. Não se dá, por exemplo, uma camiseta de gola pólo para alguém que geralmente se veste com um visual "metal".
Camisas tipo "havaiano" são, salvo raras exceções, proibidas.
Algumas pessoas preferem não correr o risco e, em vez de presentes, querem dinheiro. "Você escolhe o que quer e compra, é menos arriscado.", argumenta Márcio Satoshi, 16.

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