São Paulo, terça-feira, 20 de dezembro de 1994
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PF investiga rotas de tráfico

DA SUCURSAL DO RIO

Duas rotas utilizadas para transportar cocaína do Brasil para o exterior estão na mira das investigações da Polícia Federal: a Rio-Lisboa e a Rio-Milão.
Ontem foram ouvidos na Justiça Federal os portugueses João Jorge Elias Martinho e Eduardo de Carvalho Martins, suspeitos de participar da rota Rio-Lisboa.
Os dois foram presos em flagrante com 6,7 kg de cocaína em outubro deste ano. A cocaína foi encontrada no quarto de um deles, num hotel em Copacabana.
A prisão dos dois foi feita depois que a PF recebeu uma denúncia anônima de que os portugueses receberiam um lote de cocaína.
Martinho e Martins são suspeitos de serem apenas transportadores da droga, trazida da Colômbia.
O principal resultado das investigações sobre a rota Rio-Milão foi a prisão, na semana passada, do traficante Carlos Alberto da Costa Moreira, o Carlinhos da Lelé.
Segundo o delegado Ramon Alonso, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da PF, Moreira negocia com o Cartel de Cali, na Colômbia.
"No Brasil, ele era sempre bem relacionado, conhecia muita gente rica. Tem uma revendedora de carros na Ilha do Governador e chegou a possuir até cavalos no Hipódromo da Gávea", disse Alonso.
A PF afirma que parte da droga é repassada para Milão, na Itália, usando como transportadores comissários de bordo de empresas aéreas. Em março deste ano, dois comissários brasileiros foram presos em Milão, na Itália, onde, segundo o delegado, cumprem pena.

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