São Paulo, sexta-feira, 23 de dezembro de 1994 |
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Suspeito de bomba é preso em NY
DANIELA ROCHA
Leary está internado no hospital Cornell Medical Center, com queimaduras em 40% de seu corpo. Ele foi encontrado pela polícia 40 minutos após a explosão, em uma estação do metrô do Brooklin, a cerca de 3 km da estação Fulton Street, onde ocorreu a explosão. A polícia descartou a possibilidade de atentado terrorista. "Suspeitamos que ele planejava extorsão contra o departamento de trânsito", afirmou o comissário da polícia, William Bratton. A bomba explodiu em uma estação que é considerada uma das mais movimentadas de Nova York. Cerca de 3,5 milhões de pessoas circulam ali por dia. Segundo testemunhas, a explosão causou pânico na estação. "Vi pessoas em chamas no chão do vagão enquanto alguns tentavam abafar o fogo com seus casacos", afirmou a passageira Alma Foster. Segundo Bratton, a polícia levanta dados para checar se houve alguma ligação entre esta explosão e outra que ocorreu no metrô no Harlem, na sexta-feira passada, que feriu dois adolescentes. "Até o momento, pudemos constatar apenas que ambas as bombas tinham fabricação caseira", disse. A bomba que explodiu anteontem era feita de um pote de vidro que continha um líquido inflamável –possivelmente gasolina–, ligado a uma espécie de cronômetro e a baterias de flash. A polícia encontrou anteontem à noite material para confecção de bombas na casa de Edward Leary, em Scotch Plains, Nova Jersey. Leary é técnico de computação, mas está desempregado. Ele trabalhava em Wall Street. A explosão ocorreu em uma estação que fica a oito quadras de Wall Street e a uma quadra do World Trade Center, onde, em fevereiro de 1993, um terrorista matou seis pessoas e feriu cerca de mil em um atentado com bomba. O governador do Estado, George Pataki, divulgou ontem nota oficial que defende a pena de morte ao responsável pela explosão. Próximo Texto: Mendigo dos EUA morre Índice |
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