São Paulo, sábado, 24 de dezembro de 1994
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Bresser enfrentará servidores federais

Sindicato pedirá reposição salarial

ALEXANDRE SECCO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em seu primeiro dia de trabalho, o futuro chefe da SAF (Secretaria de Administração Federal), Luiz Carlos Bresser Pereira, terá para resolver um problema criado por ele mesmo, quando foi ministro da Fazenda de José Sarney em 87.
Na sua posse, a Associação dos Funcionários Públicos Federais faz manifestação para pedir reposição de perdas salariais durante o Plano Bresser.
Bresser será o responsável pela política que envolve o funcionalismo público federal.
"Agora ele mesmo –Bresser– vai ter que responder por isso", diz Ismael José Cesar, secretário-geral do sindicato dos servidores (filiado à CUT), que convocou a manifestação.
A reposição está em discussão na Justiça. Os sindicatos querem uma diferença de 26%.
A Justiça não concedeu nenhuma decisão favorável em definitivo. Cada órgão da administração federal entrou com sua ação para cobrar perdas.
Os sindicalistas não sabem o valor da diferença.
Se cada um dos 960 mil funcionários públicos federais do país recebesse os 26% sobre um salário mínimo, por um mês, o governo precisaria dispor de R$ 18,2 milhões.
Com esta quantia, o governo poderia contratar por um ano 14,5 mil funcionários por R$ 100 reais por mês.
Mas o sindicato acha que envolveria o pagamento de 11 a 12 salários para cada servidor.

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