São Paulo, sábado, 24 de dezembro de 1994 |
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No zôo, preocupação é a preguiça
CAROLINA CHAGAS
Ferreira chefia uma equipe de quatro seguranças responsáveis em manter a ordem dos 32 alqueires do Jardim Zoológico das 22h de hoje às 6h de domingo de Natal. "O trabalho é simples", afirma Raimundo Batista dos Santos, 50, segurança do zoológico há seis anos e sempre escalado para o plantão no Natal. "Passamos a noite iluminando a escuridão com lanternas, procurando os garotos que invadem a área para roubar picolés." Enoque José da Silva, 41, funcionário da segurança do Zoológico desde 1989, acha que os problemas mais complicados estão mesmo em casa. "Minha mulher choraminga de vez em quando que trabalhando transformo o Natal em um dia como os outros", conta. "Já meus filhos reclamam que nunca me viram vestidos de Papai Noel", diz João da Cunha Osório, 52. "Mas eles entendem que o meu trabalho é este mesmo e presente nunca faltou, sempre deixo embaixo da cama antes de sair para trabalhar." O mascote da equipe está no Zoológico há seis meses e em empresas de segurança desde 1980. Mario de Souza Filho, 43, conta que já encontrou a solução para acalmar sua mulher e as duas filhas. "Em casa já virou lei, trabalho no Natal e a festa é mesmo no Ano Novo." Texto Anterior: Noite de Natal é festejada na floresta e até no zoológico Próximo Texto: Ex-quilombo vai ignorar data Índice |
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