São Paulo, sábado, 24 de dezembro de 1994 |
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Aumento de consumo adia férias coletivas
FÁTIMA FERNANDES
A Black & Decker, fabricante de eletro-portáteis e ferramentas, postergou para a segunda quinzena de janeiro a paralisação de 15 dias da produção. Nesta época do ano, a fábrica pára por três semanas. Decidimos manter a produção para atender a demanda de Natal", diz Jacques Wladimirski, diretor de marketing. Neste mês, diz ele, a B&D deve faturar 30% mais do que em dezembro de 93. A Gradiente adiou as férias coletivas de fim de ano da fábrica de Manaus (AM) –geralmente de 15 a 20 dias–, para o Carnaval. Precisamos produzir mais", afirma Victor Leal Jr., diretor de vendas. Neste ano, a Gradiente aumentou 35% as suas vendas. A Philco não pára nem agora nem no Carnaval. O normal seria dar férias coletivas nesta época. Só que não estamos conseguindo atender a demanda", diz Milton Sztrajtman, vice-presidente da Itautec Philco. A empresa, afirma, está vendendo 50% mais que 93. O salto foi tão grande que muitas vezes a fábrica é obrigada a interromper a produção por causa da falta de componentes. Esta razão levou a Philips a decidir-se pelas férias coletivas dos empregados da produção. A Etti, fabricante de alimentos em conservas, suspendeu as férias coletivas desde 93 por causa do aumento nas vendas, informa Dan Andrei, diretor industrial. Neste ano, afirma ele, a empresa está produzindo até 25% mais do que no ano passado. Para janeiro, a expectativa é a de vender 10% mais do que neste mês. A Sadia, especializada na linha de derivados de carnes, é outra que não pensa em parar. Não há razão para falar em férias coletivas. Em novembro e dezembro as vendas cresceram 20% sobre igual período de 1993", diz Alfredo Felipe da Luz Sobrinho, diretor de relações institucionais. A Gessy Lever, que além de alimentos faz produtos de higiene e limpeza, também não pára. Ronald Rodrigues, diretor, informa que a empresa está atendendo 80% dos pedidos do comércio. A Azaléia cortou de três para duas semanas as férias coletivas dos empregados das fábricas. A paralisação acontecerá em fevereiro. Éstamos com a produção vendida até fevereiro", diz Getúlio Nunes, gerente. Segundo ele, a Azaléia não está conseguindo atender toda a demanda do comércio. Em algumas linhas, deixa de entregar 15% dos pedidos. Texto Anterior: Consumidor pode ficar sem importado Próximo Texto: Suspenso protesto de "duplicatas frias" Índice |
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