São Paulo, domingo, 25 de dezembro de 1994 |
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A GARRAFA DAS LÁGRIMAS A GARRAFA DAS LÁGRIMAS ZÉLIA GATTAI "Isso me revolta, veio do Irã. É a garrafa das lágrimas, quando o marido viaja, a mulher chora dentro. Buáááá... Quando ele volta, ela apresenta toda a tristeza. Se não for besta, apresenta água com sal. Eu nunca apresentei porque Jorge não exige lágrimas minhas. Choro no lenço mesmo. Na verdade, viajamos sempre juntos. Assim que nos mudamos para essa casa, havíamos acabado de plantar as árvores, Jorge disse: 'Quando as árvores forem grandes, nós já seremos velhinhos, aí vamos ficar sentados embaixo delas, quietinhos'. Cadê? Já estamos velhinhos, as árvores, enormes, e nós correndo o mundo." (Zélia Gattai)Texto Anterior: AS LENDAS DA POLÍTICA Próximo Texto: O QUARTO E OS IANQUES Índice |
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