São Paulo, domingo, 25 de dezembro de 1994
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Refeição na Ásia central leva até seis horas

JAIME SPITZCOVSKY
DO ENVIADO ESPECIAL

Comer na Ásia central exige tempo. Famosas por sua hospitalidade, as populações locais gastam, com uma refeição típica, cinco ou seis horas, numa noção de tempo comum para a tradição nômade, mas devagar demais para os apressados ocidentais.
No Uzbequistão, a culinária oferece o plov como prato principal. Trata-se de arroz, cenoura ralada e passas misturadas com pequenos pedaços de carne de carneiro. A antiga tradição manda comer com a mão.
Atravessando a fronteira, no Quirguistão, o besh-barmak se transforma na principal pedida dos restaurantes locais.
Essa iguaria, cujo nome em quirguiz quer dizer cinco dedos, mistura macarrão e pequenos pedaços de carne de carneiro, mergulhados numa sopa apimentada.
A carne de carneiro também serve para rechear bolinhos conhecidos como manti. Como passo seguinte, chegam à mesa os kirtildak boorsok, pequenas bolachas feitas para acompanharem o chá.
Como bebida alcoólica, o boso, uma espécie de cerveja local, acompanhada de vodca russa, influência dos poderosos vizinhos.
Nas ruas de Almaty, vendedores assam e oferecem shashliks, uma versão asiática do espetinho no carvão. Pode ter carne bovina ou de carneiro. Trata-se de um dos pratos favoritos dos pastores cazaques ou quirguizes.
(JS)

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