São Paulo, domingo, 25 de dezembro de 1994
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Caraminguás; 12,7%; Direito autoral; Pavio curto

Caraminguás
"Essa de cinquenta é a onça. Onça pintada, nosso grande felino. (...) E finalmente os cem reais, que eu não sei se simbolicamente é um peixe, uma garoupa. Portanto, já tem aqui os animais todos da fauna. A de dez eu esqueci de dizer, é uma arara. Um é beija-flor, cinco é uma garça."
Do então ministro da Fazenda Rubens Ricupero, apresentando as notas de real, em 9 de maio

12,7%
foi quanto caiu o poder de compra das famílias que ganham entre um a oito salários mínimos, no período entre março e julho

Direito autoral
Durante a campanha, Fernando Henrique foi acusado de manipular o Real para vencer a eleição. Em junho, o deputado Carlos Lupi (PDT-RJ) move ação para apurar o uso do Plano como arma de campanha. FHC reage: "Fiz o plano. Tenho direito autoral. Deviam cuidar dos gatunos que andam por aí".

Pavio curto
No dia 8 de setembro, o real ganha um defensor aguerrido e estabanado. O governador do Ceará Ciro Gomes assume a Fazenda prometendo dar novas "porradas na inflação" e denunciando um suposto "complô" de empresários paulistas contra o Real. Referia-se à Fiesp, que se opunha à estratégia de portas abertas aos produtos importados. A guerrilha verbal teve pouco efeito. O maior adversário de Ciro no PSDB, José Serra, acabou virando ministro do Planejamento de FHC.

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