São Paulo, sexta-feira, 4 de fevereiro de 1994
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Por bem ou por mal; Suando frio; Pedreira no caminho; Contramão; Salvamento em curso; Buscando reforço; Crivo jurídico; Inversão de compromisso; Cada um no seu galho; Comportamento paralelo

Por bem ou por mal
FHC fará o que puder para aprovar seu plano no Congresso até a semana após o Carnaval. Mas se não conseguir, tem tudo, inclusive a desculpa, para deixar o cargo. O passo seguinte é assumir a candidatura, dizem amigos seus.
Suando frio
PFL e PPR toparam não obstruir o Fundo Social, mas não se comprometeram a votar a favor. Ao contrário: metade das suas bancadas é contra porque ele desvincula verbas da habitação e educação. O governo vai suar.
Pedreira no caminho
FHC tem outro obstáculo para aprovar o Fundo Social na terça: os ministérios militares. Querem derrubar o artigo que limita os salários do funcionalismo federal à média de 93, a pior em 20 anos.
Contramão
Enquanto FHC foge da imagem de candidato, amigos de Itamar voltam a se animar com a idéia. "Ele é charmoso mesmo com 40% de inflação", espanta-se um integrante do grupo mineiro.
Salvamento em curso
Itamar está prestes a fazer a primeira concessão aos políticos empenhados na sobrevivência do Ministério da Integração Regional. Já admite nomear um ministro titular para a pasta. Tudo indica que vai desistir de extinguir o ministério.Buscando reforço
No governo, voltou a ser cotado o nome de Aluízio Alves (PMDB-RS) para o Ministério das Minas e Energia. A nomeação serviria para atrair os necessários votos no Congresso do grupo de Sarney, a quem Alves é ligado.
Crivo jurídico
Caberá à Advocacia Geral da União o último palpite sobre a anistia dos servidores demitidos por Collor. Itamar só não vetará o projeto por inteiro se for convencido de que é possível corrigir injustiças, sem escancarar a porta.Inversão de compromisso
Luiz Carlos Santos (PMDB-SP) não confiará mais em Luiz Salomão (PDT-RJ). Quarta, Salomão mandou Carlos Lupi (PDT-RJ) assinar o requerimento do governo invertendo a pauta, mas comandou a bancada para não dar quórum.
Cada um no seu galho
José Lourenço (BA) foi derrotado na eleição do novo líder do PPR na Câmara porque Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA) pediu votos para ele. Os malufistas encararam o fato como uma intervenção de ACM no partido.
Comportamento paralelo
Ex-líder de Collor na Câmara, Humberto Souto (PFL-MG) se diz vingado das acusações ao ex-presidente de intolerância com o Congresso. "Collor nunca usou da virulência de FHC e aprovou mais de 220 matérias por acordo."

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