São Paulo, sexta-feira, 4 de fevereiro de 1994
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Lixo industrial do Tietê acaba este ano

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DA REPORTAGEM LOCAL

A Cetesb (Companhia Estadual de Tecnologia de Saneamento Ambiental) espera que, até o fim deste ano, não aconteçam mais lançamentos de resíduos industriais inorgânicos no rio Tietê. Segundo a empresa, até dezembro as 1.250 indústrias poluidoras da região metropolitana de São Paulo já estarão controlando o despejo de detritos industriais no rio Tietê.
O lixo inorgânico industrial é responsável por 33% da poluição do Tietê. De acordo com o presidente da Cetesb, Nelson Vasconcelos, das 1.250 empresas, 653 já instalaram sistemas que tratam o lixo antes de enviá-lo ao rio. Isso significa uma redução de 40% nos detritos inorgânicos lançados no Tietê.
Outras 587 indústrias, ainda de acordo com Vasconcelos, apresentaram à Cetesb um plano para ser executado até o fim do ano. "Em dezembro, no que depender da Cetesb, o Tietê estará despoluído", disse Vasconcelos.
Para a despoluição completa do rio, faltam ainda o controle de lançamentos de lixo doméstico e o tratamento do esgoto jogado no Tietê –atribuição da Sabesp, segundo Vasconcelos. Esgoto e lixo doméstico representam 66% da poluição do rio.
O trabalho de cadastramento das 1.250 indústrias poluidoras começou a ser realizado em 1991 dentro de um universo de 40 mil indústrias. A Cetesb planejou a atividade em três fases. Na primeira etapa, concluída em dezembro de 92, a meta era regularizar a emissão de lixo de 300 empresas. Na segunda fase, terminada em dezembro do ano passado, 653 indústrias receberam o aval da Cetesb para a instalação de seus equipamentos. A próxima fase vence em dezembro.
O principal problema da carga inorgânica despejada no Tietê, segundo a Cetesb, são os metais pesados, os fluoretos e cianetos. "Esses metais todos matam os microorganismos que limpam o esgoto doméstico nas estações de tratamento", afirma Vasconcelos. "Por isso, não adianta tratar o esgoto sem resolver o lançamento dos metais."

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