São Paulo, domingo, 6 de fevereiro de 1994
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Fuso desregula organismo

DENISE CHRISPIM MARIN
DA REPORTAGEM LOCAL

Executivos que viajam frequentemente para outros países e profissionais que trabalham na aviação internacional (pilotos e comissários de bordo) sofrem a ação de mais um perturbador do sono: a diferença de fusos horários. "O relógio biológico fica constantemente desregulado", afirma Leda Leal Ferreira, 42, médica ergonomista da Fundacentro, entidade especializada em segurança e medicina do trabalho.
Se uma pessoa embarca em São Paulo às 24h com destino a Paris, deve chegar às 10h30. Mas, na França, os relógios marcam 16h. Se ela quiser almoçar pouco depois, na verdade vai jantar. Provavelmente também não consiga dormir às 23h, como a maioria dos franceses, e role na cama até as 3h. "Quando começamos a nos adaptar ao fuso local, temos que voltar ao Brasil e, na noite seguinte, fazer outro vôo", diz Ciro Francesco Apuzzo, 38, piloto de linhas internacionais da Varig.
Apuzzo se obriga a dormir antes de cada vôo, aproveita cada minuto de sono durante o revezamento dos pilotos no avião e, ao chegar a seu destino, entra no hoário local. "Mesmo que eu esteja morrendo de sono, tomo um banho, saio para caminhadas e só vou dormir à noite." (DCM)

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