São Paulo, terça-feira, 8 de fevereiro de 1994 |
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País está fora do mapa do varejo
NELSON BLECHER
Segundo o consultor brasileiro Marcos Gouvêa de Souza, que participou da recente convenção anual da Federação Norte-Americana de Varejo, inexiste qualquer novo projeto de operações que tenha o Brasil como alvo, apesar de haver reconhecimento quanto à potencialidade do mercado nacional. Inflação fora de controle e ausência de regras estáveis foram os principais obstáculos citados por representantes de grandes cadeias por ele contatados, a exemplo da J.C. Penney, que ocupa o 12º lugar no ranking da consultoria Management Horizons. "Quando falam em América Latina, olham para o Chile, mas não pensam no Brasil. Estamos nos transformando em párias do processo de globalização do varejo", opina Souza, que considera desproporcional ao PIB brasileiro a presença no país de apenas quatro grupos que figuram na lista –Carrefour, C&A, Makro e Radio Shack. O mercado brasileiro de varejo alcança US$ 68 bilhões anuais. Na década passada, o crescimento anual dos gastos de consumo foi da ordem de 1,5%, de acordo com o consultor. Entre os mercados emergentes, a China desponta com 100 milhões de consumidores com renda suficiente para frequentar lojas. Mas é o México que mais vem sendo mimado pelos varejistas. A Kmart, terceira no ranking, prepara-se para abrir duas lojas em Cingapura e, dentro de dois meses, atuará em shopping centers na Cidade do México. A J.C.Penney planeja operar 17 lojas naquele país até o fim da década."Pelo menos 12 redes internacionais rumaram para o mercado mexicano nos últimos três anos", diz Souza. Supermercados detêm a principal fatia do faturamento entre os cem maiores grupos mundiais, enquanto 14,5% das vendas se concentram nas lojas de departamentos. Texto Anterior: Gasolina, álcool e diesel sobem 16,5% hoje Próximo Texto: Crescem vendas eletrônicas Índice |
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