São Paulo, sexta-feira, 11 de fevereiro de 1994
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Metrô pára por 1h e usuários invadem pista

DA REPORTAGEM LOCAL

Um usuário parou a linha Leste-Oeste do Metrô ontem por 48 minutos, no horário de pico, entre 18h38 e 19h26. Os passageiros, não atendendo aos condutores, acionaram o sistema de segurança que abre as portas do trem e saíram pela via. Todas as estações, da Barra Funda até Corinthians-Itaquera, ficaram lotadas. As catracas foram fechadas em toda a linha durante o período de paralisação.
O usuário teria entrado na via na estação Sé, em direção à Pedro 2º. Um funcionário que estava na plataforma acionou o Spap (Sistema de Prevenção de Acidentes na Plataforma), que interrompe a energia da linha no trecho onde há perigo, parando as composições.
Os usuários do trem que estava entre a Sé e a Pedro 2º entraram em pânico e saíram da composição dentro do túnel. Isso causou um "efeito cascata". Com a interrupção, os trens que circulavam no resto da linha pararam e os usuários acionaram os sistemas de emergência, invadindo a via.
A partir de então, o metrô teve de desenergizar toda a linha Leste-Oeste, nos dois sentidos. O usuário que teria causado a confusão, segundo o metrô, confundiu-se com a multidão que saiu do trem e não foi identificado.
O diretor de Operação do Metrô, Rubens Bagatella, 50, disse que o motivo do caos foi a saída dos usuário de dentro dos trens. "Quando as pessoas invadiram a via a situação ficou incontrolável", afirmou. Segundo ele, durante a paralisação, cerca de 42 trens circulavam na linha.
Para atender às cerca de 50 mil pessoas que utilizam o metrô entre 18h30 e 19h30, a companhia acionou o Paese (Plano de Apoio das Empresas de Transporte em Situações de Emergência). A CMTC (Companhia Municipal de Transportes Coletivos) colocou sua frota excedente para fazer a linha do metrô. "Como era horário de pico havia poucos carros disponíveis", disse Bagatella.
Há menos de um mês, no dia 18 de janeiro, a linha Leste-Oeste parou por 10 minutos, às 14h21. Um condutor teria visto um usuário passeando na via. Quatro funcionários vasculharam a linha, não encontraram ninguém e os trens voltaram a circular. (Patricia Decia)

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