São Paulo, domingo, 13 de fevereiro de 1994
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Bolsa inicia onda da "garimpagem"

MARIO ROCHA; RODNEY VERGILI
DA REPORTAGEM LOCAL

As Bolsas de Valores não são mais as mesmas. A entrada dos investidores estrangeiros desequilibrou esse mercado, ainda restrito para tanto dinheiro. Ganha força o que os analistas chamam de "ondas sucessivas". Isto é, as ações de maior liquidez começam a perder espaço para os papéis menos negociados. Essa tendência pode se firmar com o Plano FHC.
"Primeiro, o investidor estrangeiro buscou as ações de maior liquidez para entrar e sair do mercado facilmente. Agora, a procura é pelos papéis de segunda linha, de empresas com bons resultados no longo prazo", avalia Manuel Maceira Coto, administrador de recursos do Banco Tendência.
É neste cenário que entram os "garimpeiros" do mercado. São aqueles especialistas que buscam ações pouco conhecidas, mas com potencial de forte valorização. "O maior problema dessas ações é que elas são difíceis de comprar e de vender", afirma Coto.
É o caso da ação que mais subiu na Bolsa de Valores de São Paulo em 93: Santaconstância PN, com alta de 124.900%. "É uma empresa que teve problemas e saiu de um valor muito baixo para poder subir tanto", analisa Coto.
Há também ações que deram ótimos lucros por causa do bom desempenho das empresas, como Gradiente PNA, com alta de 34.092%, e de Pettenati PN, que valorizou 29.423% em 93. Outros papéis entraram na lista das mais rentáveis por pertencerem aos mesmos setores das ações de primeira linha. Telefônica Borda do Campo PN e Telemig ON subiram na carona de Telebrás PN. Cesp ON e Paulista de Força e Luz acompanharam Eletrobrás PNB.

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sobre Bolsas nas págs. 2-8 e 2-10.

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