São Paulo, sexta-feira, 18 de fevereiro de 1994
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Brizola apóia a redução do prazo de desincompatibilização na revisão

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FERNANDO MOLICA
DA SUCURSAL DO RIO

Brizola apóia a redução do prazo de desincompatibilização na revisão
O governador do Rio, Leonel Brizola (PDT), apóia a redução no prazo de desincompatibilização para os ocupantes de cargos públicos que pretendem disputar eleições majoritárias no dia 3 de outubro. A posição de Brizola foi comunicada no início do mês ao relator-geral do Congresso revisor, deputado Nelson Jobim (PMDB-RS), pelo líder do PDT na Câmara, Luís Salomão (RJ).
Na conversa, Salomão disse a Jobim que Brizola apoiava duas das hipóteses em estudo: a redução do prazo de desincompatibilização de seis para três meses e a possibilidade de um ocupante de cargo executivo se licenciar para disputar a reeleição. Por esta proposta, se o candidato à reeleição vencesse o pleito, ele reassumiria imediatamente o cargo; se perdesse, a licença anterior seria transformada em renúncia.
Na conversa com Jobim, Salomão foi informado de uma outra hipótese em estudo, que favoreceria detentores de mandatos executivos interessados em disputar eleições para outro cargo. Entre os beneficiados por esta emenda estaria, por exemplo, o prefeito de São Paulo, Paulo Maluf (PPR), que poderia pedir licença do cargo para candidatar-se à Presidência. Caso perdesse a eleição, ele poderia voltar para a Prefeitura; se fosse vitorioso, não. A Folha apurou que Brizola ainda não decidiu se apoiaria esta última proposta.
Em conversas com integrantes da bancada federal do PDT, Brizola –virtual candidato do partido à Presidência– tem dito que a redução do prazo de desincompatibilização iria gerar ganhos institucionais e favoreceria a administração dos Estados e municípios. No seu caso, a permanência no governo do Rio por mais três meses o permitiria capitalizar fatos como a conclusão da segunda etapa da Linha Vermelha e a inauguração de dezenas de Cieps.
Santa Catarina
O presidente do PT de Santa Catarina, José Fritsch, 39, disse ontem que uma coligação com PSDB no Estado ficará "inviabilizada" se o partido apoiar qualquer candidatura "anti-Lula" no plano nacional. Desde dezembro PMDB, PDT e PSDB têm conversado sobre a possibilidade de articular uma candidatura capaz de fazer frente a Lula. O presidente do PT deve apoiar formalmente uma aliança estadual do PT com o PSDB em Santa Catarina. A dobradinha seria entre Jaison Barreto (PSDB), ao governo e Luci Choinacki (PT) para o Senado.

Colaborou a Agência Folha, em Florianópolis

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