São Paulo, sábado, 19 de fevereiro de 1994
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Cingapura, sim

LAIR ALBERTO SOARES KRANHENBUHL

O artigo assinado pelo senhor Nabil Georges Bonduki, que a Folha publicou em 17/02/94, sob o título "Água Branca a Cingapura", é mais uma oportunidade de esclarecermos ao público sobre o que está, de fato, sendo feito em matéria de habitação popular na cidade de São Paulo.
Diferentemente do que tenta induzir o desinformado autor, são vários os projetos atualmente desenvolvidos pela prefeitura da capital paulista, através da Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sehab). Isto sem falar do inovador sistema já em andamento na Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab), que, ainda nesta gestão, entregará 40 mil unidades habitacionais –20 mil em curto prazo, no Projeto Parceria.
Durante a administração passada, da prefeita Luiza Erundina, quando Bonduki foi superintendente de Habitação Popular da Sehab, foram –em quatro anos– entregues apenas 2.382 unidades pelo órgão dirigido por ele. Agora, nesta gestão, somente em 1993, a mesma Habi já entregou 2.828 unidades habitacionais.
Somando em perfeita harmonia e com absoluta credibilidade recursos do município, do Estado, do governo federal e de organismos internacionais (como o Banco Interamericano de Desenvolvimento –Bird), está sendo desenvolvida pela atual administração da cidade de São Paulo uma das mais transparentes e realistas políticas habitacionais do país.
Com ênfase no combate ao desperdício, qualidade total e produtividade –gerando novos empregos e reaquecendo a economia paulista–, a administração Paulo Maluf está trabalhando em 23 projetos habitacionais. Só o Procav, que trata da canalização de córregos e fundos de vale, já proporcionou habitação a cerca de 4.000 famílias faveladas.
A administração passada se preocupou, infelizmente, em realizar programas superficiais e de resultados duvidosos, alguns questionados pelo Tribunal de Contas do Município –como no caso dos paternalistas mutirões, maneiras improvisadas de eternizar a favela, cujos convênios jurídicos foram desaprovados pela Ordem dos Advogados do Brasil.
O Projeto Cingapura é mais do que uma realização, é uma filosofia que está integrando o então marginalizado à sociedade. A atual administração está empenhada em proporcionar dignidade, com projetos definitivos, às populações carentes.
Bom para quem está fazendo e para os que são beneficiados. E, é claro, ruim para quem não pôde –ou não quis– fazê-lo.

LAIR ALBERTO SOARES KRAHENBUHL, 43, engenheiro civil, é secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano do município de São Paulo.

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