São Paulo, sábado, 19 de fevereiro de 1994 |
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São Paulo gastou US$ 2 mi
DANIEL CASTRO
As 12 escolas de samba que se apresentaram no Grupo Especial dizem ter investido US$ 1,5 milhão. Nesse total, está incluído cerca de US$ 1 milhão, referente à subvenção oficial e às verbas de transmissão da TV e de patrocinadores. Ou seja: as escolas injetaram apenas US$ 500 mil no desfile. O total de investimentos, das escolas e da prefeitura, sobe para US$ 2,5 milhões. Nos quatro dias de desfiles, as bilheterias do Anhembi arrecadaram apenas US$ 500 mil. Ao contrário dos anos anteriores, em 1994 a prefeitura abriu mão de parte desse dinheiro. Toda a arrecadação será repartida entre as escolas, através da liga. A transmissão pela TV e as verbas de patrocínio renderam cerca de US$ 300 mil ao Carnaval paulistano. No final das contas, a relação entre despesas e receitas do Carnaval tem a seguinte relação: a cada US$ 100 gastos, apenas US$ 32 voltam na forma de bilheteria, patrocínios ou direitos de transmissão. "O Carnaval de São Paulo não deu prejuízo", contesta Roberto Amorosino, 55, coordenador geral do Carnaval de 94, funcionário da Anhembi. Para ele, os US$ 2 milhões gastos pela prefeitura "são irrisórios para o tamanho do espetáculo". Ambrosino comemora "o lado positivo" desses gastos. "O Carnaval paulistano deu um salto de qualidade", diz. Thereza Santos, ex-diretora da Mangueira e atualmente na Camisa Verde e Branco, diz que o que encarece o Carnaval paulistano é "o cabide de emprego em que se transforma a Anhembi". A prefeitura contratou 2.500 pessoas para os desfiles. "O Carnaval deu retorno político para o prefeito", afirma Thereza. Texto Anterior: Desfile de campeãs terá grupo da Itália Próximo Texto: Joãosinho Trinta já pensa no desfile de 95 Índice |
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