São Paulo, domingo, 20 de fevereiro de 1994
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Réptil à mesa; Cunhado não é parente; Eco chato; Dobradinha

BARBARA GANCIA

Barbara RESPONDE
Você não sabe que roupa usar em um barmitzvah? Costuma se exaltar em reuniões de condomínio? Tem vergonha de falar no telefone celular em público? Para saber como se comportar à mesa, à cama, no trânsito, na feira, na vida, escreva para Barbara Gancia.

Réptil à mesa
"Meu filho de cinco anos é fã ardoroso das Tartarugas Ninja. Até aí, nada demais. O problema é que no desenho animado as tartarugas costuma comer pizza com as mãos. Quando vamos à pizzaria, meu pimpo faz questão de imitá-las. Devo deixá-lo comportar-se feito homem das cavernas?"
"Maria Imaculada", SP.
- Abnegada,
Pelo jeito, você está dando a seu filho uma educação londrina, porém londrina do Paraná -sem querer ofender a próspera cidade. Saiba que, no desenho animado, as Tartarugas Ninja residem dentro de um esgoto. E se o maldito inventar de se enfiar no bueiro? Rédea curta, minha filha!

Cunhado não é parente
"Estou casada há cinco meses e tenho uma cunhada que me odeia, faz questão de me ignorar, é como se eu não existisse. Nas reuniões de família, ela me faz sentir supermal. O que devo fazer?"
"Ana Paula", SP.
- Minha santa,
Não é à toa que cunhado começa com essas duas letrinhas. Imite a diaba. Finja que ela é invisível. Indiferença mata.

Eco chato
"Adoro a boa música conjugada a um bom copo. Mas, o que fazer quando aqueles adoráveis bêbados chatos se põem a gargalhar, uivar e gritar durante as apresentações musicais que acontecem no Paisà -a pizzaria/bar que comando nos Jardins?"
Cláudio Curi, SP.
- Jacintão da novela "Mandala",
Como tenho dois bares no nome (bar-bar-a), encho a boca para dizer: bêbado é um porre. Porém, no seu caso, recomendo dispensar aos beberrões tratamento nipônico. No Japão, o bêbado é encarado com o máximo respeito. Suas macaquices são ignoradas, ele pode pendurar a conta e o bar se responsabiliza até por providenciar um táxi para levá-lo em casa. Agora, para amansar a turma, que tal dar uma garibada no repertório que você interpreta ao piano?

Dobradinha
"Faço teatro e, como estou começando, para dar uma incrementada na renda estou à procura de um emprego na área em que sou formada, desenho de comunicação. O problema é que as agências de publicidade sempre procuram 'profissionais jovens e dinâmicos com experiência'. Como é que jovens podem ter experiência?"
Andréia da Conceição Costa, SP
- Lindinha,
Você não é aquela moça que pertence à companhia Os Canastrões? Qualquer hora apareço para conferir sua atuação no teatro. Quanto ao seu problema, trata-se de uma faca de dois legumes, como diria o Vicente Matheus. A solução é fazer um estágio não-remunerado para adquirir experiência. Ou mudar de planeta.

Envie carta ou fax para: Revista da Folha, seção Barbara Responde, alameda Barão de Limeira, 425, 8º andar, CEP 01290-900, São Paulo, SP. Fax: (011) 224-4261. Não esqueça de colocar nome completo, assinatura, endereço, RG e telefone. Se desejar, use pseudônimo. Seu nome será mantido em sigilo. Atenção: esta seção se reserva o direito de publicar apenas trechos das cartas.

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