São Paulo, domingo, 20 de fevereiro de 1994
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Transporte leve exige baixo investimento

NELSON ROCCO
DA REPORTAGEM LOCAL

Fazer transporte de móveis, pessoas e pequenas cargas é uma alternativa de negócio que exige pequeno investimento. Com uma sala e um telefone dá para começar, repassando o serviço. Alguns empresários dizem que são necessárias pelo menos três Kombi para entrar no setor, para não depender apenas de terceiros.
A Servkomby trabalha com 13 Kombi e oito Gol. Contrata mais seis Kombi de terceiros para "incrementar" a frota. Jaques Orlandino, 35 –que está no negócio desde 86–, diz que faz entregas, transporte de pessoas e de mercadorias em São Paulo, e entregas fora da capital.
Segundo ele, a maior procura é por parte de empresas, para transporte de máquinas e equipamentos de pequeno porte e mercadorias. "As vezes, somos procurados por construtoras para levar o pessoal de uma obra para outra." Ele atende também pessoas que precisam transportar poucos móveis para o litoral ou para o interior.
O empresário diz que é importante fazer seguro dos carros e do transporte de pessoas para garantir a continuidade do negócio, em caso de acidentes. A carga, segundo ele, deve ser segurada pela empresa que contrata o serviço.
Na Servkomby, a locação mínima de uma Kombi é feita por seis horas, a CR$ 3.200 a hora. Serviços fora da capital têm acréscimo de 30%. A empresa aluga, também, apenas o carro, sem motorista. Por 24 horas, o cliente paga CR$ 32 mil, mais a quilometragem. Pode também utilizar o carro sem limite de quilometragem ao preço de CR$ 73 mil por dia.
A Silas Transportes tem quatro Kombi e usa mais quatro de terceiros. Silas Miguel de Almeida, 44, dono, diz que presta serviços para pequenas lojas de móveis e tapeceiros, além de fazer pequenas mudanças.
Almeida diz que, para o trabalho com terceiros, agencia o serviço e cobra 20%. "As despesas com a manutenção do carro e combustível ficam por conta deles", diz. Pelos seus cálculos, esses itens consomem 60% do valor cobrado. Ele afirma que o faturamento da empresa fica em cerca de CR$ 400 mil por mês. A Silas sobe o preço dos serviços sempre que há elevação no preço dos combustíveis.
Jõao Marcos Martins, 28, dono da Alternativa Entregas Rápidas, diz que não tem carros próprios. "Temos um cadastro com o nome de mais de cem prestadores de serviços, entre donos de caminhões e peruas", afirma. Ele afirma que faz o agenciamento e repassa 70% para o dono do carro, que arca com as despesas de combustíveis.

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