São Paulo, domingo, 20 de fevereiro de 1994 |
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DT 200R oferece mais potência e agilidade
JOTA SANTANA
Veículos rodou com a DT 200R por 1.500 km em trajetos essencialmente urbanos. A moto mostrou valentia e bom desempenho, especialmente em altas rotações. Quando foi lançada no Brasil, no início dos anos 80, a linha DT da Yamaha tinha uma proposta mais off road (fora de estrada) do que agora. As "magrelas" de 180 cc invadiram as trilhas e se tornaram as rainhas dos passeios e competições no mato, graças a seu baixo peso e grande maneabilidade. Aos poucos, porém, a DT foi mudando sua postura e seu design, até chegar ao lançamento da versão 200R. A moto ganhou ainda mais força e agilidade nas arrancadas, o que facilita muito as manobras rápidas no meio do trânsito. A avaliação incluiu todas as suas reações nas situações mais comuns no trânsito (ultrapassagens, mudanças de pista, frenagens). Apesar de seu porte avantajado, elevado ainda mais pelas aletas das tomadas de ar colocadas dos dois lados do tanque, ela manobra com agilidade nos engarrafamentos. O motor de 195 cc, de dois tempos, não gosta de baixas rotações. Seu regime ideal de giros é entre 4.000 rpm a 6.000 rpm. Tocar uma DT 200R como se fosse uma quatro tempos, forçando os baixos regimes de giro, é provocar no motor "acesso de tosse" e falhas. A suspensão é outro item bem resolvido na nova moto. A dianteira, de garfos telescópicos, é macia e tem curso suficiente para absorver impactos e transpor obstáculos com segurança e conforto. A traseira, monoamortecida, também é confortável e cumpre a tarefa de manter o pneu agarrado ao solo, facilitando a tração. Os freios, traseiro a tambor e dianteiro a disco com proteção externa de plástico, param a moto com segurança. A capacidade do tanque é de 12 litros mais 1,2 litro de reserva e o seu consumo pode ser considerado bom, com média de 20 km/litro e autonomia de mais de 240 km. Mas o forte da DT 200R é o desempenho no trânsito da cidade. Vem equipada com pneus de asfalto, o que comprova sua vocação urbana. A configuração desta Yamaha não permite enfrentar trilhas no meio do mato sem ficar enroscada nos trechos mais estreitos. Para isso, teria que ser "depenada" das tomadas de ar, do radiador de água e até dos nostálgicos retrovisores redondos. Sua pequena cilindrada desaconselha o uso em longas viagens, onde o conforto seria certamente comprometido. Texto Anterior: Saveiro anda mais; Pampa leva 3 pessoas Índice |
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