São Paulo, quarta-feira, 23 de fevereiro de 1994
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Irmão de prefeito morto aponta corrupção

MARCOS NOGUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO LUÍS

O engenheiro agrônomo José Cortez Moreira disse ontem em Brasília que as investigações sobre a morte de seu irmão, o ex-prefeito de Imperatriz (MA) Renato Cortez Moreira, foram paralisadas devido a um acordo político firmado entre Davi Alves Silva (ex-prefeito da cidade) com o ex-presidente José Sarney, sua filha Roseana e o governador Edison Lobão (PFL).
Renato Cortez Moreira foi assassinado em 6 de outubro de 1993 em Imperatriz, com dois tiros, por um pistoleiro. José Moreira disse que o filiação do ex-prefeito Silva, do deputado federal Daniel Silva Alves e do atual prefeito Salvador Rodrigues de Almeida ao PFL (partido da família Sarney no Maranhão) também dificultaram as investigações de denúncias de corrupção na Prefeitura de Imperatriz.
Moreira defendeu a transferência da investigação da morte de seu irmão da Polícia Civil do Maranhão para a Polícia Federal. Ele afirmou que nos meses anteriores à morte de Renato Moreira, seu irmão estava recebendo seguidas pressões de pessoas do grupo político do ex-prefeito Davi Alves Silva "para ratear os recursos financeiros da prefeitura". A polícia abriu outro inquérito para investigar denúncias de corrupção na Prefeitura de Imperatriz.

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