São Paulo, quinta-feira, 24 de fevereiro de 1994
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Conservadores são a maioria

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Deputados comunistas e nacionalistas, fiéis às idéias do Parlamento extinto por Boris Ieltsin no ano passado, formam a maioria da Duma Estatal (a câmara baixa), de 444 cadeiras.
Muitos entre os cem deputados comunistas eleitos em dezembro integravam o antigo Parlamento e participaram ativamente ou apoiaram a resistência ao golpe de Estado de Boris Ieltsin, como é o caso do deputado Vladimir Isakov, presidente da Comissão Legislativa.
Os nacionalistas, como Serguei Baburin ou Alexander Nevzorov, eleitos como independentes, permaneceram até o último momento no Parlamento. Como não particparam diretamente dos combates de 4 de outubro, evitaram as acusações.
O Partido Liberal Democrático, de ultranacionalista Vladimir Jirinovski, não participou da insurreição de outubro último, mas seus membros apoiaram o golpe comunista de 1991. Os movimentos centristas Mulheres da Rússia (23 cadeiras), Partido Democrata (15) e Nova Política Regional (65) também apoiaram a anistia.
A medida também teve apoio do Partido da Unidade e do Lazer, de Serguei Tchakhrai, com 30 cadeiras. O partido participou das eleições de dezembro como aliado de Ieltsin, mas se aproximou dos centristas.
Só votaram contra a proposta de anistia membros dos partidos Opção da Rússia, do ex-primeiro-vice-premiê Iegor Gaidar, e o Iabloko, liderado pelo economista Grigori Iavlinski.

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