São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 1994 |
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Novela que defendeu Plano Collor volta
ISMAEL FERNANDES
Na linha de frente da trama, está Maria do Carmo (Regina Duarte), uma nova-rica que fez fortuna com o ferro-velho da família e chega aos 90 abrindo uma casa de espetáculos no alto de um edifício da avenida Paulista, a Sucata. A seu poder econômico, junta-se a mágoa da juventude: fôra humilhada por Edu (Tony Ramos), seu grande amor. Ramos, milionário no passado, enfrenta problemas financeiros ao lado do pai, Betinho (Paulo Gracindo), casado com a socialite Laurinha Figueroa (Glória Menezes). A novela estreou em 2 de abril de 1990, em plena efervescência da posse de Collor. Nos primeiros capítulos, Maria do Carmo dava lições de moral nos que se sentiam prejudicados com o Plano Collor. Por conta disto, Sílvio de Abreu foi acusado de propagar o plano econômico da então ministra Zélia Cardoso de Mello. A novela sofreu, de resto, uma campanha negativa da mídia, que preferiu endossar as novidades da contemporânea "Pantanal". Quando o autor constatou que o horário das 20h não se adequava à comédia –gênero com o qual acumulou êxitos às 19h–, transformou sabiamente a novela em um grande e irresistível drama. Pronto, estava no ar outro sucesso com oportunidades para Regina Duarte brilhar mais uma vez. A repercussão atingiu também Aracy Balabanian e sua memorável dona Armênia, que para provar sua autoridade como proprietária do edifício onde está a Sucata, promove sua implosão. E todo o Brasil riu com seu hilariante "quero ver o prédio na chon". Outro trunfo da novela foi o elenco. Além dos citados, Abreu contou com Antonio Fagundes, Cláudia Raia, Daniel Filho, Raul Cortez, Cleide Yaconis e Marisa Orth. Laura Cardoso, Fernanda Montenegro, Marília Pera e Lima Duarte tinham participações especiais. Texto Anterior: Todo mundo de férias na TV, menos os crentes! Pastor pasta! Alforria decretada! Tô em férias! Próximo Texto: Fãs de seriados têm programa na Fox Índice |
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