São Paulo, segunda-feira, 28 de fevereiro de 1994
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Oficiais da PM são julgados por omissão

Eles não teriam sido reprimido motim

DA REPORTAGEM LOCAL

A 4ª Auditoria do TJM (Tribunal de Justiça MiIlitar) deverá julgar, às 13h, os oficiais acusados de terem sido omissos no maior motim da história da Polícia Militar de São Paulo. Ocorrido nos dias 19 e 20 de fevereiro de 1988, o protesto por causa dos baixos salários dos policiais quase paralisou a PM. Após dominar o movimento, o comando da PM expulsou cerca de 200 policiais.
Na tarde de hoje, deverão sentar no banco dos réus, os coronéis Aluízio Silveira de Carvalho Pereira, Francisco Lamenza, o tenente-coronel Manoel Carlos Nogueira Abissi, o capitão Olinto Bueno Neto e o tenente Juliano Campos de Azevedo. O promotor Luis Roque Lombardo Barbosa disse que pedirá a condenação dos réus porque eles se omitiram ao não reprimir o motim.
Os cerca de 200 policiais que participaram do movimento são alvo de outro processo no TJM. Esses policiais saíram com seus carros pela cidade, fazendo uma carreata até a praça da Sé (região central), que foi cercada pela tropa de choque da PM.
Segundo a denúncia da promotoria, por pouco não houve confronto entre os policiais. Os oficiais acusados só teriam comunicado o motim aos superiores, mas não teriam prendido nenhum de seus subordinados. Caso sejam condenados, os oficiais poderão pegar de três e cinco anos de prisão. (Marcelo Godoy)

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