São Paulo, domingo, 6 de março de 1994
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Indicadores mostram avanço industrial

NELSON ROCCO
DA REPORTAGEM LOCAL

O desempenho das micro e pequenas indústrias teve leve melhora –4,9% de crescimento– de janeiro de 93 ao mesmo mês deste ano, primeiro período de apuração dos indicadores Folha-Sebrae. O levantamento dos indicadores industriais é feito em seis regiões metropolitanas –Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo– pela equipe do Sebrae, e publicado com exclusividade pela Folha desde 7 de março do ano passado (leia texto ao lado).
O uso da capacidade instalada pelas indústrias de pequeno porte, medido pelos indicadores, chegou a 64% em janeiro, um pouco acima dos 61% registrados no mesmo mês de 93 (veja gráfico ao lado).
Segundo Gláucia Vasconcelos, 39, supervisora da área de pesquisa e desenvolvimento do Sebrae Nacional, os indicadores revelam que o uso da capacidade instalada registrou pequenas oscilações ao longo do ano, "mas a tendência é de crescimento".
Gláucia afirma que isso se mostrou mais no final do ano. Na análise por regiões metropolitanas, os números comprovam o raciocínio da supervisora do Sebrae. Em São Paulo, o pico de uso da capacidade foi atingido em setembro, com 70%. Novembro foi o mês de maior movimento para as pequenas indústrias de Belo Horizonte, com 67% de uso da capacidade. Em Porto Alegre, em setembro e outubro os números indicam uso da capacidade em 70%, percentual superado apenas em dezembro, com 71%.
Novo pólo
Michel Veranei Bechara , 40, técnico do Sebrae Nacional, destaca que a região metropolitana de Recife mostrou o maior crescimento em 93, passando de 66% de uso da capacidade em janeiro para 73% em dezembro. "Recife está fora do grande eixo industrial do país. Isso pode estar revelando o surgimento de um novo pólo."
Na comparação mensal dos indicadores, o resultado mostra que a utilização da capacidade pelas pequenas indústrias diminuiu 4,4%, de dezembro de 93 para janeiro. O pior desempenho foi detectado em Porto Alegre, com queda de 9,8%.
O setor de vestuário revelou diminuição na capacidade de produção de 9,8%, seguido pelas indústrias de madeira, com 5,7%.

LEIA MAIS
sobre indicadores das micro e pequenas indústrias na pág. 9-3.

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