São Paulo, quarta-feira, 9 de março de 1994
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Programas têm poder para transformar fotos

MARIJÔ ZILVETI

Desde que o computador foi capacitado para processar imagens, a fotografia nunca mais foi a mesma. Com a ajuda de programas especiais, é possível hoje obter recursos inusitados que vão desde a total descaracterização de uma imagem até soluções para deixá-la mais fiel ao objeto fotografado. Os programas existentes hoje no mercado atendem o usuário exigente, oferecendo uma infinidade de opções para trabalhar sobre uma fotografia, por exemplo.
Com o "Adobe Photoshop" é possível trabalhar em computadores Macintosh e compatíveis com IBM PC. Já o "PhotoStyler", da Aldus, pode ser encontrado apenas para "Windows", ambiente gráfico da Microsoft. Existem ainda outras alternativas para PC, como o "PicturePublisher", da Micrografx, e o "Painter", programa de pintura da Fractal Design Corp..
Ao digitalizar uma imagem para o computador, com a ajuda de um scanner, programas como o "Adobe Photoshop" tem o poder de revolucionar uma fotografia, tamanho é o número de recursos que esse software oferece. Uma foto do Papa, recebendo um cocar de um índio, acaba ganhando mais impacto se o usuário escolher o efeito de "posterização". Sem descaracterizar a imagem, esse efeito reduz o número de tons, destacando mais as cores.
A imagem de uma peça publicitária, cujo mote é a velocidade, ganha mais credibilidade se passar a impressão de velocidade. Nesse caso, o recurso Wind é o mais indicado, principalmente se o objeto fotografado estiver estático.
Para obter esse efeito, é preciso ativar, na barra de menu suspensa, o item Filter e escolher o subitem Wind. A mesma imagem do Papa, com o índio, também adquiriu um falso movimento, com o recurso de Wind.
Birôs
Como o preço de um bom programa para processamento de imagens está em torno de US$ 1.000, é preciso levar em conta o custo/benefício antes de pensar em adquirir esse tipo de produto. O preço de um programa acaba sendo compensador para aplicações profissionais, que vão desde um cirurgião plástico, para simulação de cirurgias estéticas, até birôs, cujo uso é bem mais comum.
Não basta um software para processar imagens. É preciso ter um computador com memória suficiente para trabalhar uma foto, além de grande espaço em disco rígido. Outras ferramentas indispensáveis são um scanner de alta resolução, para digitalizar a imagem, e uma impressora de filme para dar saída.
No mercado de artes gráficas desde 88, o birô GraphBox vem trabalhando há um ano com filmes para impressão colorida. Além do "Photoshop", a empresa usa o sistema da Kodak, com o software "Prophecy".
Com uma estação de trabalho Sun, um monitor de alta resolução, scanner cilíndrico e impressora de filmes, o GraphBox utiliza o programa "Prophecy" para retoque de imagens. Caso o cliente queira uma imagem que reúna efeitos visuais e fidelidade em cores, pode-se trabalhar no Macintosh, com o "Photoshop", e depois jogar a imagem para a workstation Sun e retocar cores com o "Prophecy".
Já o birô Lasergraph prefere trabalhar com PC para dar saída a filmes, utilizando Macintosh apenas para transferência de arquivos. Além do "Photoshop", trabalha com os programas da Aldus e o "Painter", que traz recursos que se aproximam mais da pintura. O efeito de guache acaba dando uma impressão mais artística, e é feito no computador. O efeito de texturização é outro recurso desse programa.

ONDE ENCONTRAR
GRAPHBOX: tel. (011) 275-5589; LASERGRAPH: tel. (011) 577-3982

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