São Paulo, sexta-feira, 11 de março de 1994
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Juiz nega participação em fraudes contra INSS

DA SUCURSAL DO RIO

O juiz da 13ª Vara Cível do Rio de Janeiro, Célio Geraldo de Magalhães Ribeiro, 51, nega sua participação nas fraudes contra o INSS. Titular da 6ª Vara da Fazenda Pública no município de Nova Iguaçu (RJ) em 1990, o juiz foi apontado pela deputada Cidinha Campos (PDT-RJ) como responsável pela liberação de US$ 106,7 milhões em revisão fraudulenta de benefícios.
"Os cálculos de revisão das aposentadorias eram feitos pela Dataprev (empresa de informática da Previdência)", disse Ribeiro. Segundo ele, era impossível para um juiz saber se o valor determinado pela Dataprev estava superestimado. "Naquela época, fim do governo Sarney, a inflação ultrapassou o patamar de 80% mensal, sendo inviável para um juiz avaliar um a um os pedidos de revisão."
Ribeiro argumentou que o volume de pedidos de revisão de benefícios na 6ª Vara, em Nova Iguaçu, chegou a 35 mil, num universo total de 50 mil processos diversos. O juiz afirma que nada foi provado contra ele. "Eu abri mão do meu sigilo bancário e fiscal, e nada foi encontrado", rebateu.

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