São Paulo, sábado, 12 de março de 1994
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Palmeiras pega Suzano na decisão no vôlei masculino

SÉRGIO KRASELIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O time do Nossa Caixa/Suzano adotou a axé music de Daniela Mercury como ritmo de fundo nos treinos da equipe. A melodia faz parte dos preparativos da equipe, que tem hoje a primeira partida do playoff (melhor de cinco jogos) da decisão do título da temporada 93/94 da Liga Nacional Masculina de Vôlei. O jogo começa às 16h30 no Parque Antarctica.
"A música ajuda a quebrar a tensão que uma decisão como esta gera nos jogadores", afirma o técnico do Suzano, Ricardo Navajas. Para ele, a canção "O Canto da Cidade" também funciona como uma espécie de hino para saudar a torcida de Suzano, que não vai estar presente no Parque Antarctica para os jogos da decisão.
"No ano passado teve muita gente que saiu ferida pela confusão armada pela Mancha Verde na final do Paulista em Suzano. Assim, optamos por não levar torcedores para o ginásio do Palmeiras. E eles farão o mesmo. O espetáculo perde, mas é preferível não ter ningém machucado", diz Navajas.
Concentrado com o time desde o Carnaval, Navajas garante que este regime ajudou a fazer com que a equipe evoluísse na reta final da Liga. "Em 93 fizemos isso e conquistamos o título. Decidimos repetir a experiência", diz o treinador, que adotou como lema o "importante é vencer". "Isso de que o importante é competir é balela. Quero ser bicampeão", disse.
Para o levantador Marcelo, 19, que tem entrado em algumas partidas no lugar do titular Leandro, o pior da concentração é a ausência da família. "Sinto muita falta da minha mãe e de meus irmãos", admite o jogador, que, como os outros solteiros do elenco, só tem um dia de folga na semana.
Por telefonar todos os dias para casa, acabou alvo de uma brincadeira. "Sempre que acabo de telefonar alguém começa a cantar 'Sou playboy/Filhinho de papai/Meu nome é Marcelo', numa adaptação daquele rap do Gabriel, o Pensador", diverte-se o jogador.
No Palmeiras, todos estão conscientes de que hoje têm um grande desafio pela frente. "Num jogo de alto nível como este não existe favoritismo e nem fórmula para vencer. O Suzano é muito forte em todos os fundamentos e acho que a paciência para finalizar as jogadas pode decidir a partida", afirma um diplomático Renan.
Já o ponta Pezão, do Suzano, garante que a final vai reviver uma antiga rivalidade. "Será a mesma partida da decisão do Campeonato Paulista dos dois últimos anos. Certamente o Palmeiras vai querer vingar os títulos perdidos para nós", afirma o atacante.

NA TV
Manchete, ao vivo, às 16h30

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