São Paulo, segunda-feira, 14 de março de 1994
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Corinthians arrisca e conquista meio-campo

DA REDAÇÃO

O Corinthians conseguiu a vitória de ontem depois de assumir alguns riscos em sua marcação, que deixaram frágeis alguns de seus setores. Mas o domínio no meio-campo durante o segundo tempo, principalmente depois da entrada de Rincón no lugar de Amaral, pelo Palmeiras, garantiram à equipe de Carlos Alberto Silva o espaço necessário para chegar ao gol adversário.
O Palmeiras começou o jogo explorando algumas deficiências de marcação do Corinthians. Com jogadas rápidas no lado esquerdo do campo, a equipe de Wanderley Luxemburgo quase desmontou o esquema de marcação do adversário na sua dificuldade de marcar na lateral direita. Mano e Henrique não acompanhavam as descidas rápidas de Zinho e Roberto Carlos.
A disputa no meio-campo, que viria definir o rumo da partida, foi equilibrada durante o primeiro tempo. O Palmeiras tentava aplicar uma marcação forte no primeiro tempo. Depois da saída de Amaral, a equipe de Luxemburgo perdeu força na marcação e deixou espaço para as armações de Rivaldo e Marcelinho. Zé Elias também teve mais espaço pela direita.
Com o meio-campo em defasagem, a própria defesa palmeirense abriu mais espaço. Rincón ficou aberto no ataque, deixando uma área vazio no meio, que alguns jogadores da defesa tentaram preencher. Explorando o espaço vago, os atacantes corintianos tiveram chance de criar mais oportunidades e explorar a linha de fundo. A rapidez de Tupãzinho passou a ser arma importante para o seu time.
O gol corintiano veio no momento em que a equipe explorava as deficiências da defesa adversária. Com uma forte pressão sobre as laterais do Palmeiras, a equipe conseguiu vários escanteios. A defesa palmeirense, já sem organização para conter as descidas do Corinthians, se perdia nos cruzamentos sobre a área. Num desses lances, saiu o gol da partida, em que ficou clara a falta de orientação tática da defesa do Palmeiras.
O Corinthians assumiu o comando do meio-campo e se manteve forte em seu campo, esperando apenas os momentos certos para sair em contra-ataque. O Palmeiras perdeu em criatividade do meio-campo para frente e deixou de armar jogadas em equipe. Ficou restrito a jogadas individuais de seus jogadores, como Zinho, Rincón e Evair. Perdeu também seu potencial de arranque pelas pontas, que chegou a mostrar principalmente no primeiro tempo.

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