São Paulo, segunda-feira, 14 de março de 1994 |
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Silva monta esquema tático de madrugada
WILSON BALDINI JR.
O esquema adotado foi estudado na madrugada de ontem, na concentração, onde o treinador assistiu aos teipes das partidas anteriores do Palmeiras. "O esquema não foi treinado. Foi montado", explicou Silva. "Gostei da produção do time porque os jogadores tiveram muita determinação e se empenharam para cumprir todas as determinações", afirmou. A pressão inicial do Palmeiras nos primeiros momentos do jogo foi considerada normal pelo técnico. "Com a falta de treino era lógico que os jogadores iriam sentir dificuldades em assimilar um esquema tão difícil", disse o treinador que descartou uma possível vitória particular contra o técnico palmeirense Wanderley Luxemburgo. "Tem dia que você faz uma substituição e ela dá certo. Em outros dá errado. Hoje tive mais sorte que o Luxemburgo", afirmou Carlos Alberto Silva, se referindo, também, à entrada de Marques na etapa final. "O Marques entra muito bem na equipe nos momentos finais, quando o adversário está cansado. Gosto muito desse tipo de jogador operário, que trabalha para a equipe", disse. O jogador revelou que o seu entrosamento com a equipe melhorou com a viagem ao Japão. "Hoje apliquei o que treinamos na excursão. Eu e o Rivaldo fizemos um revezamento muito bom pelo lado esquerdo", explicou Marques, que pode ganhar uma posição no time nos próximos jogos. "Não vejo a hora de colocá-lo desde o começo", disse Silva. O treinador corintiano reconheceu que o adversário esteve melhor durante quase todo o jogo. "O Palmeiras mudou muito. Não é mais uma equipe nervosa que procura desesperadamente o gol", comparou. "Tivemos que nos apegar a pequenos detalhes na marcação. Qualquer erro cometido pode ser fatal", disse. Segundo Carlos Alberto Silva, a maior dificuldade da equipe, apresentada principalmente no 1º tempo, foi corrigida no intervalo. "Adiantamos mais a marcação de meio-campo e não deixamos que as jogadas se iniciassem no nosso campo", afirmou. Quanto ao avanço do lateral-esquerdo Roberto Carlos no espaço deixado pela ausência de um lateral, Silva acredita que a marcação só se acertou após os 30 minutos iniciais. "O Marcelinho foi o responsável pela marcação. E quando ele assimilou que precisava ir para o ataque também as coisas melhoraram para nós", afirmou. Entusiasmado com mais um resultado positivo –o treinador ainda não perdeu em clássicos–, Silva agradecia mais uma vez à torcida e aproveitou para fazer brincadeiras. "Estou feliz porque amanhã o Brasil vai crescer em tudo. As fábricas vão produzir bastante, os carros vão sair consertados das mecânicas, quase todo mundo vai estar feliz", brincou. Silva pode contar, a partir de hoje, com Casagrande e Valdo, recuperados de contusão e que voltaram aos treinos táticos. Texto Anterior: JÚRI DA FOLHA Próximo Texto: 'Falta de sorte foi dose dupla' Índice |
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