São Paulo, segunda-feira, 14 de março de 1994 |
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Chuva atrapalha INXS e Soul Asylum 18 mil pessoas assistiram ao show MARCEL PLASSE
O público começou a aumentar pela metade da apresentação do Soul Asylum, e até o final da noite chegou a 18 mil pagantes, de acordo com a organização do evento. O comentário de Michael Hutchence, vocalista do INXS, sobre a animação da audiência, "better than Rio", significava que o fiasco tinha sido evitado. No Rio de Janeiro, apenas 6.000 pessoas foram ver os shows. As bandas dos anos 80 centraram o repertório em seus últimos discos, com resultados muito diferentes. Enquanto "Grave Dancers Union" é o disco que estourou a carreira medíocre do Soul Asylum, "Full Moon, Dirty Hearts" está longe de ser o álbum mais popular do INXS. Soul Asylum privilegiou o clima de folk rock lento. Tocou 12 músicas, durante 45 minutos. Uma grande diferença da performance de terça, no Columbia, de quase duas horas. O hit da MTV "Runaway Train" animou a galera, mas o show já estava no fim. A banda emendou "Shove" com o único cover da noite, "Baby, Baby", do veterano grupo punk Vibrators, e encerrou com as microfonias de "99 %" estalando nos amplifadores Marshall. INXS decepciou quem esperava uma enchurrada de hits. A chuva parou para a banda tocar suas coisas de amor, começando com 30 minutos de músicas inexpressivas, quase todas do último álbum. No fim, INXS recuperou a sanidade e tocou as babas "Never Tear Us Apart", "Suicide Blonde", etc. Mas isso não impediu a sensação, causada pelo visual "bad boy" de Michael Hutchence e ênfase em guitarras distorcidas do início, de que INXS quer entrar para a turma "grunge" do Depeche Mode –e do "alternativo" Soul Asylum. Não impressionou o público, cuja preocupação com tendências de moda durante o show se resumia à capas de plástico contra a chuva. Texto Anterior: Sesc discute obra de Jorge Andrade Próximo Texto: Crichton vai dar sequência a best seller Índice |
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