São Paulo, terça-feira, 15 de março de 1994
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Governo de Fleury é apenas 'regular'

JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL

A imagem administrativa de Luiz Antônio Fleury Filho se mantém estável em São Paulo. Seu desempenho é considerado regular por 42% das pessoas ouvidas pelo Datafolha. Era esta, há seis meses, a opinião de 43% dos entrevistados e, há um ano, a opinião de 45%. Fleury faz um governo ótimo ou bom para 32% e ruim ou péssimo para 23%.
Em seis meses, a única oscilação digna de nota está no aumento, em cinco pontos percentuais, do número de pessoas que têm do governo Fleury uma imagem positiva. Mesmo assim, o governador está abaixo dos 35% de ótimo e bom que registrava há exatamente um ano, quando completou a metade de seu mandato.
A avaliação de Fleury é mais positiva no interior do Estado que na Grande São Paulo. No interior, 35% o consideram ótimo ou bom, contra 29% dos entrevistados na Capital. Ainda no interior, o governador recolhe 21% de ruim ou péssimo, enquanto os paulistanos que pensam da mesma maneira formam um contingente ligeiramente maior (26%).
Fleury é bem avaliado por eleitores com escolaridade até o primeiro grau (36%) e com renda familiar mais modesta, até cinco salários mínimos (34%). A proporção dos que afirmam que seu governo é ótimo ou bom também cresce na medida em que diminui a faixa etária dos entrevistados (42% entre os que têm de 16 a 24 anos e 33% entre os que estão com 60 anos ou mais).
Quando se agrupa as respostas com base na preferência partidária do entrevistado, Fleury é avaliado de maneira positiva por uma maioria de peemedebistas (49%), o que não chega a ser uma surpresa. Mas é interessante o fato de os simpatizantes do PPR de Paulo Maluf virem imediatamente atrás (36% de ótimo ou bom), bem mais que os 28% dos simpatizantes do PSDB ou os 25% de simpatizantes PT, que têm o mesmo ponto de vista.
A pesquisa procurou desta vez identificar os pontos em que a população vê o melhor desempenho do governador. São eles a educação (8%), a conservação e construção de estradas (7%), e em seguida transporte e habitação (3% cada). Essas porcentagens são bem menores que as encontradas pela pesquisa, quando se trata de localizar os grandes problemas de São Paulo, para os quais o eleitor quer evidentemente ter um governo mais atuante. A saúde pública vem em primeiro lugar, com 17%, a educação em segundo, com 15%, o desemprego em terceiro, com 14%, e os efeitos da iflação em quarto, com 8%. A segurança e a criminalidade, que já estiveram entre as prioriades absolutas do cidadão, é hoje vista como problema maior por somente 5% dos entrevistados. Questões como moralização e combate à corrupção ou enchentes e canalização dos córregos são apontadas por 1% dos paulistas entrevistados. (JBN)

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