São Paulo, terça-feira, 15 de março de 1994
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Violência política deixa 24 mortos em província da África do Sul

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Combates políticos mataram pelo menos 24 pessoas na Província de Natal no fim-de-semana, informou ontem a polícia sul-africana. Natal é uma das principais bases zulus do país. O presidente Frederik de Klerk advertiu o líder do Inkatha (de maioria zulu), Mangosuthu Buthelezi, de que ele pode enfrentar um levante popular no bantustão que governa, o KwaZulu.
Em Natal acontecem os piores combates entre os militantes do Partido da Liberdade Inkatha, contrário às eleições de abril, e do Congresso Nacional Africano –o maior grupo negro do país, liderado por Nelson Mandela e favorito para vencer a eleição.
O general e ex-chefe militar Constand Viljoen deixou ontem a conservadora Aliança da Liberdade –formada pelo Inkatha e pelos extremistas brancos da Frente do Povo Africâner (FPA). Ele formou no fim-de-semana a Frente do Povo para se inscrever para a eleição. O líder do neonazista Movimento da Resistência Africâner afirmou que a África do Sul será tomada por guerras, caos e revolução. Ele se disse traído por Viljoen.
Um dos membros do comitê executivo do Inkatha, Ben Ngubane, disse ontem que o partido ainda pode participar da eleição. }Longe de estar fora das eleições, o partido ainda tem de decidir sobre participação ou não.
Ngubane disse acreditar no poder de De Klerk para reabrir o prazo para inscrição de candidatos, encerrado na última sexta-feira. Segundo ele, a decisão do partido depende da questão da mediação internacional para o processo eleitoral e da resposta à exigência de uma área independente do poder central em KwaZulu.

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