São Paulo, quarta-feira, 16 de março de 1994
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Polícia de Israel reprime protesto a favor de colonos em Tel Aviv

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Mais de 30 mil manifestantes foram ontem à Praça dos Reis, em Tel Aviv, para apoiar os colonos judeus dos territórios ocupados e protestar contra o governo do premiê Yithzak Rabin. Houve confronto com a polícia e diversos extremistas foram presos.
Havia fotos do premiê com um "kafiah" na cabeça, lenço semelhante ao usado pelo líder palestino Iasser Arafat. Faixas diziam: "Somos todos Hebron", em referência ao massacre de dezenas de palestinos ocorrido em 25 de fevereiro em uma mesquita da cidade. Em Jerusalém, a polícia lacrou os escritórios do Kach e do Kahane Vive, os dois grupos radicais banidos por Israel no domingo.
Rabin disse ontem em Washington que não mudará a posição de seu país em relação à segurança de seus cidadãos, incluindo os colonos dos territórios. "Não temos intenção de fazer acordo em qualquer assunto sobre segurança."
O diálogo com a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) sobre a autonomia na faixa de Gaza e em Jericó estão suspensas desde a chacina.
Em uma visita inédita, o líder da Fatah (facção da OLP, à qual pertence o líder Iasser Arafat) na faixa de Gaza, Sufian Abu Zaideh, foi ontem ao Knesset, o Parlamento de Israel. Ele declarou que "paz, com a manutenção dos assentamentos, é impossível".
Baruch Marzel, líder dos judeus extremistas do Kach, disse ontem que vai criar um novo grupo "para defender o povo judaico" nos territórios ocupados. Marzel, 34, está foragido da justiça há duas semanas –sua prisão administrativa foi decretada dias após a chacina.

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