São Paulo, quinta-feira, 17 de março de 1994
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Cartel tem mais chance em licitação do lixo

DANIEL CASTRO
DA REPORTAGEM LOCAL

O resultado favorece a manutenção do cartel do lixo, formado pela Vega-Sopave, Enterpa e Cavo. O edital estabelece preço mínimo –média de US$ 17,00 por tonelada coletada. Todas as empresas devem apostar neste valor, o que vai forçar o desempate por sorteio.
Estão habilitadas: 1) Vega-Sopave e OAS, que são do mesmo grupo (OAS); 2) Cavo e Camargo Corrêa (grupo Camargo Corrêa); 3) Norberto Odebrecht e CBPO (grupo Odebrecht); 4) Rek e Enterpa, que não são do mesmo grupo, mas há indícios de que se associaram –os planos técnicos das duas empresas são idênticos e, como em uma cola escolar, repetem os mesmos erros em mapas e textos; 5) Badra, que concorre sozinha; 6) SPL (subsidiária da Splice), que também está sozinha.
O sorteio será feito por áreas (veja quadro). A Enterpa é a candidata mais forte. Está habilitada para concorrer em seis das sete regiões. Dessas, pode ganhar no máximo três porque não tem capacidade para cuidar do recolhimento de lixo em toda a cidade. Além da Enterpa, a Vega-Sopave é a única que tem estrutura –capital social e frota de caminhões– para trabalhar em mais de uma região.
A empresa SPL chegou a ganhar na Justiça liminares que derrubavam a exigência de preço mínimo. Alegava que poderia fazer a coleta com preços inferiores. Uma decisão da juíza Cristiane Bonilha, porém, suspendeu as liminares.
Quatro grupos que estão concorrendo têm empresas que contribuíram com o esquema Paubrasil: CBPO, OAS, Camargo Corrêa e Enterpa. Além delas, a Badra também contribuiu para as campanhas de Maluf de 1990 e 92.

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