São Paulo, sábado, 19 de março de 1994
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NO BRASIL SÓ SE COPIA O QUE CRIAM LÁ FORA

EVA JORY

Toda temporada estilistas vão se inspirar no que acontece no exterior. O que acontece é a massificação de modismos, com produtos semelhantes em várias lojas. Caso das listras esportivas, por exemplo, que nesta temporada de outono-inverno vão invadir a cidade em pelo menos três grandes marcas jovens –Zoomp, Forum e Ellus.
Marilene Maggiani, 39, diretora de criação da Zoomp, diz que busca nas temporadas de desfiles inspiração para sua própria marca: "É importante ver o que acontece lá fora e poder recriar uma idéia, adaptando-a ao Brasil, com coerência. Não me importo se a Forum ou a Ellus vêm com as mesmas inspirações."
Marilene explica que "não se trata de cópia". "Temos que caminhar juntos com as tendências internacionais. Os consumidores brasileiros buscam também estas novas tendências; não estão interessados em comprar roupas regionais, há um certo preconceito."
Fernando Sommer, 26, um dos estilistas da equipe de Tufi Duek na Forum, concorda que não existe cópia ou plágio: "Esse tipo de atitude é preconceituosa. Nós criamos a partir do que vemos durante a temporada de desfiles. A moda exige sintonia com o momento. A Forum faz moda baseada em pesquisa de comportamento e nos movimentos de rua. É uma questão de interpretação. Não copiamos as listras Adidas; o que colocamos nas lojas, é a visão da Forum sobre elas, assim como com o baby-doll, que também fizemos. Quem fala em plágio está mal-informado".

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