São Paulo, sábado, 19 de março de 1994
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QUEM SE IMPORTA COM MODA?

EVA JOORY

Quem liga para a moda? Roupas, desfiles, maquiagens, cabelos e modelos sempre foram alvo de críticas sobre alegada futilidade. Na opinião da modelo Betty Prado, 29, "moda é uma indústria que gera milhões e não tem nada de fútil". Para ela, "é uma necessidade tanto da mulher quanto do homem se sentir mais bonitos. A moda determina a maneira de se expressar de cada pessoa. Através de suas roupas é que você mostra qual é a sua tribo e não há nada de superficial nisto".
Já o estilista Marcos Morcef, 36, da marca Fora de Moda, vê sim futilidade, mas no meio da moda: "Para quem é fútil, moda é fútil. A futilidade está na cabeça das pessoas. Para mim, moda possibilita comunicação entre as pessoas, mas não gosto de um certo tipo de comportamento esquizóide no qual um dia se está para cima, com roupas coloridas e outro, para baixo, vestindo preto." Morcerf define com essa "cartela de cores" o protótipo dos "fashion victim" (pessoas que entram de cabeça nos modismos de cada estação: "É fácil massificar o jovem através da moda e a indústria da moda está aí para isso mesmo. É necessário saber captar e filtrar, estar em sintonia com os acontecimentos. Moda é um processo de autoconhecimento".

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