São Paulo, sábado, 19 de março de 1994
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Qualidade total; Exemplo de d. Aloísio; Remuneração parlamentar; Fax-Semler; Rumo à meta; Bancos estatais; Escola de Sociologia e Política; Tempos de URV; Revisão e mandatos

Qualidade total
"Lemos com satisfação a proposta da Folha em lançar os fascículos Qualidade Total. Gostaríamos de aproveitar essa rara oportunidade e registrar que a Prefeitura de Vitória introduziu, desde abril de 93, o seu Programa Municipal da Qualidade dentro dos conceitos da qualidade total."
Ruth Storch Damasceno, coordenadora do Programa Municipal de Vitória (Vitória, ES)

"Se pelo menos um funcionário em cada empresa instalada no país ler e adaptar os princípios da qualidade total em seu ambiente de trabalho, a Folha já teráo feito seu papel: o de levar adiante o que ainda está limitado apenas às grandes corporações."
Marily Miranda (São Paulo, SP)

"Gostaria de cumprimentar a oportuna iniciativa desse jornal de lançar a série Qualidade Total em fascículos, importantíssima para despertar e auxiliar as organizações brasileiras."
Carlos Rossini (São Paulo, SP)

Exemplo de d. Aloísio
"'Tudo bem. Eles são todos meus amigos.' A frase, dita por d. Aloísio Lorscheider logo após ser libertado pelos sequestradores, ressoou como uma atitude profética, que só um 'homem de Deus' pode afirmar. Comparadas com aquelas frases pronunciadas pelos grandes profetas bíblicos, que não se intimidaram em criticar a raiz da crise social geradora de injustiças e opressões. A atitude, para o próprio d. Aloísio, corriqueira e complementar ao dia-a-dia de seu ministério, irritou correntes de 'ilustres' parlamentares, como Amaral Netto e companhia, hábeis em tirar proveito das crises sociais. Assíduos algozes diante dos meios de comunicação, sobretudo neste período pré-eleitoral. Àqueles que esperavam ouvir do pastor aprovação à pena de morte amargaram o triste pronunciamento e um convite: 'Eles querem a liberdade'. 'Convido os defensores da pena de morte a passarem dez dias no presídio Paulo Sarasate, apanhando e passando necessidades.' Toda a sociedade brasileira aplaude e solidariza-se com o pastor cearence. Que a atitude de d. Aloísio sirva de alerta aos responsáveis pelo sistema penitenciário."
Antonio Carlos Frizzo, secretário regional da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil –CNBB (São Paulo, SP)

Remuneração parlamentar
"A Folha foi o único, entre todos os grandes jornais brasileiros, a omitir (exceto por uma pequena e evasiva nota na seção Painel, à pág. 1-4) o fato de que o PT posicionou-se frontalmente contra a derrubada, pelo Congresso Nacional, na última quarta-feira, do veto presidencial a um projeto que, entre outros efeitos, poderá resultar em imoral e inoportuna elevação dos salários de deputados e senadores."
José Fortunati, líder do PT na Câmara (Brasília, DF)

Fax-Semler
"Deer Valey, Fafá-lo-ok-like, Menem, Collor, Paris, Ronald Biggs, Varig, Air France, Rede Globo, Stalin, Mailsons, Bresseres, Zélias, García Márques, Niemeyer, Maluf, FHC, Flórida, Roberto Carlos, Nelson Ned, Amsterdã e Saramago. O que esses locais, pessoas físicas e jurídicas, têm em comum? Fazem parte do grotesco (e ininteligível) artigo de 6/03, com que o tal Ricardo Semler mais uma vez violenta a paciência dos leitores da Folha. Quem é este pretensioso que agride a tudo e a todos com sua metralhadora verbal? Pelo pouco que se sabe é um antipolítico que tentou ser candidato-aventureiro a prefeito de São Paulo pelo PSDB na eleição passada e nem sequer pisou no tapete de entrada. Antes de receber da Folha um espaço nobre fixo para xingar os outros, foi notícia apenas quando, para cúmulo de exibicionismo, aterrissou em um balão para seu casamento. Se o problema é sair do anonimato a qualquer custo, não seria melhor morder cachorros na rua?"
Armando Pinheiro, deputado federal pelo PPR-SP (São Paulo, SP)

Resposta do colunista Ricardo Semler – É sempre divertido receber recados do sr. Paulo Maluf, mesmo via um de seus claudiohumbertos. Acho que, para pessoas assim, qualquer artigo que não os elogie deve ser mesmo ininteligível. Para esclarecer, então: acho boa a idéia do Maluf se coligar com o ACM e o Quércia. Isto sim é inteligível para todos. Boa sorte, Brasil!

Rumo à meta
"Sendo eu do tempo em que futebol se jogava no esquema 1-2-3-5 (Edmundo, Bebeto, Romário, Dener e Muller, né Matinas Suzuki Jr.?), não dá para entender essa do Zagalo de querer atuar na próxima Copa com zero na frente. Sugiro, então, que se adote o 11-0-0, colocando todos no gol."
José Ismael Musitano Pirágine (São Paulo, SP)

"Ou o Brasil acaba com o Parreira ou o Parreira acaba com o Brasil."
Celso Correa de Freitas (São Paulo, SP)

"Quem tem um Parreira como técnico não precisa de adversário."
Flávio Luiz Ferraz Pacheco (São José dos Campos, SP)

"Diante das falações pedantes de Parreira, lembro-me do mestre e gênio Nilton Santos, recordando outro monstro sagrado, Gérson, que perguntava ao treinador, quando este começava a dizer tolices: 'Você jogou onde? Com quem? Então não chateia'."
Vicente Limongi Netto (Brasília, DF)

Bancos estatais
"Lendo o editorial da edição de 22/02, deparo-me com um forte e histérico ataque aos bancos oficiais. Não são encontradas informações concretas e comparações sérias que permitissem posicionar-se sobre a eficiência de um banco oficial em relação a um privado. O assunto, inclusive, fica meio que deslocado no referido editorial. No mesmo caderno do jornal, espaço nobre, e cuja publicidade é caríssima, verifica-se nas págs. 1-8 e 1-9, enorme publicação de um banco privado..."
Nelson Petraglia (Campinas, SP)

Nota da Redação – Sugerimos ao missivista a leitura do texto "Banespa lidera gastos publicitários do setor público pelo terceiro ano", publicado à pág. 1-12 da edição de 16/03/94.

Escola de Sociologia e Política
"O Centro Acadêmico da Escola de Sociologia e Política de São Paulo vem a público demonstrar sua gratidão ao apoio e solidariedade recebidos do deputado e sociólogo Florestan Fernandes, em artigo na Folha de 14/03."
Regina Facchini, presidente do Centro Acadêmico da Escola de Sociologia e Política de São Paulo (São Paulo, SP)

Tempos de URV
"A edição da URV prejudica o trabalhador e favorece estatais, monopólios, oligopólios, industriais e comerciantes que não têm os seus preços e tarifas calculados pela média dos últimos quatro meses."
Tito Livio Fleury Martins (São Paulo, SP)

Revisão e mandatos
"O nosso pouco aplicado Congresso revisor certamente cometeu grave equívoco ao não aprovar a possibilidade de reeleição dos futuros presidentes, governadores e prefeitos. Na prática, com apenas cerca de dois anos efetivos de governo em quatro de mandato oficial, será difícil, por exemplo, um presidente apresentar algum trabalho sério de médio e longo prazos à nação."
Claudinei Pinheiro Machado (São Paulo, SP)

"Em vez de o presidente poder ser reeleito por mais um mandato, após dois anos de gestão seja feito um plebiscito e, caso obtenha maioria, o mandato passa a ser de seis anos, caso contrário, sejam convocadas eleições."
Sérgio Benedito Bonadio (São Paulo, SP)

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