São Paulo, segunda-feira, 21 de março de 1994 |
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Técnico do Corinthians quer 'reforços'
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
Ontem, no Pacaembu, não foi diferente. "A Portuguesa merecia até a vantagem no final do primeiro tempo", disse Silva. Dessa vez, no entanto, quem comprometia era o meio-campo. Além de permitir as penetrações dos atacantes adversários, Moacir e Ezequiel não conseguiram passar a bola para o ataque. "Estávamos marcando a bola e eles ficavam livres para penetrar, principalmente aquele camisa oito (Simão)", explicou. Para o segundo tempo, o técnico mudou completamente o jogo colocando Zé Elias no lugar de Moacir e orientou seus defensores a marcar individualmente quando a bola era lançada. "O jogo virou para nós a ponto de desperdiçarmos um pênalti", disse. Sofrido e desperdiçado por Viola. Perguntado se havia mesmo levado o toque, Viola dissimulou. "O juiz estava no lance e marcou", afirmou o atacante. Se perdeu o pênalti, não perdeu o gol antes, aos 18min do segundo tempo. Numa penetração rápida, Tupã recuou para Elias cruzar pela esquerda. Viola recebeu livre e tocou para o gol. Foi dançar o "vira", na frente da torcida da Portuguesa. Mesmo sem ter o tal banco de reservas, Silva corrigiu mais uma vez seu time para o segundo tempo. Para comprovar a tese, basta analisar o retrospecto da equipe sob o comando dele: 11 jogos, oito vitórias e três empates. Se fosse contado só o placar do primeiro tempo, seriam uma vitória, nove empates e uma derrota. Mais: nesse período, o Corinthians marcou 22 gols, 18 no segundo e apenas quatro no primeiro. "Pelo menos mais um zagueiro", pediu Silva nos vestiários. Ainda mais agora que a equipe começa a pensar também na Copa do Brasil. A estréia da equipe está marcada para o final do mês. "Já fizemos um planejamento e devemos poupar alguns jogadores pois o Paulista é a nossa prioridade." Uma das opções para Silva pode ser Marques. Ontem atuou o jogo inteiro no lugar de Marcelinho Carioca, suspenso, e foi bem. Jogando pelos dois lados, correu muito. "Tinha que provar para torcida que sou bom. Acho que consegui isso hoje", disse o jogador, lembrando que no começo da temporada quase foi negociado. Quanto à sua ascensão ao time principal, Marques disse que isso cabe ao técnico. "É ele quem determina." Mesmo apagado na partida, Rivaldo viaja hoje ao Recife para se integrar à seleção brasileira, que enfrenta na quarta-feira a Argentina em amistoso. "Sei que não estou bem, mas pretendo me superar com a camisa da seleção." Texto Anterior: Corinthians vence o clássico no intervalo Próximo Texto: CORINTHIANS Índice |
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