São Paulo, terça-feira, 22 de março de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

BREVE ROTEIRO DO SOM NA ÁFRICA

ZECA CAMARGO

Quem se lembra da genial abertura do filme "De Caso com a Máfia" já sabe que existe o "Mambo Italiano" –também imortalizado por Alma Cogan. Mas para conhecer o mambo africano, a principal fonte é a coleção "Zaire Classics", do selo belga Crammed Discs.
Essa é a verdadeira fonte –e não só do mambo local. Tem beguines, merengues e o curioso "sebene" –uma corruptela de "seven" (sete), número que determina o ritmo. Entre as faixas imprescindíveis estão "Towutsi Brazza Toye Kisasa" (com seus intrincados vocais quase bachianos), "Odjali Na Mouchoir?" (com uma sofisticadíssima violinha) e "Margerine Fina" (com uma letra que fala desse ingrediente que "os brancos" usavam para cozinhar: margarina fina!)
A série "Merveilles du Passé" (distribuída pelo selo francês Sonodisc) é todinha recomendável com seu "jazz africano" do final dos anos 50. E para uma "modernizada", o melhor é "The Kampala Sound", com "dance music" dos anos 60 –de Uganda. São músicas que não são quase nada, mas mesmo assim, é ouvir "Gwenasobaya" (ou "Omutwa Gwamaka") e morrer.

Texto Anterior: Mambo tem novos reis
Próximo Texto: Faap expõe modelos do estilista Pierre Cardin
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.