São Paulo, quinta-feira, 24 de março de 1994
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Protesto no Rio corta cabeça de FHC

DA SUCURSAL DO RIO E DA AGÊNCIA FOLHA

Uma manifestação com 3.000 mil pessoas, na avaliação dos organizadores, ou 1.500, segundo a PM, marcou às 18h10 de ontem o encerramento no Rio de uma greve parcial contra a URV e a revisão constitucional que envolveu basicamente petroleiros de Duque de Caxias, empregados de estatais do setor elétrico, estudantes, professores e rodoviários de Niterói, São Gonçalo e Baixada, na região metropolitana da capital.
Empregados da Eletrobrás chegaram a anunciar para o final da tarde a queima de dois "judas", representando o ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, e o presidente da empresa, José Luiz Alqueres. Mas até o começo da noite só haviam quebrado a cabeça do boneco que representava FHC.
A refinaria da Petrobrás de Duque de Caxias fez uma paralisação sem interromper a produção. Também houve paralisação em universidades e em outras estatais, como Furnas e Nuclen. Na Baixada Fluminense, em Niterói e São Gonçalo, poucos ônibus circularam.
Os petroleiros da Refinaria do Paraná (Repar), em Araucária (25 km de Curitiba), atrasaram em duas horas a sua entrada no turno das 7h30 de ontem. No centro de Curitiba, houve distribuição de folhetos da CUT e atos públicos.
Em Salvador, os eletricitários, servidores públicos estaduais e municipais e professores aderiram aos protestos. Em Manaus, o ato reuniu cerca de 400 pessoas, segundo organizadores, e 200 segundo a PM.
A greve teve em Natal a adesão de professores, servidores da Universidade Federal, da Escola Técnica e funcionários da rede de saúde. Professores estaduais e motoristas de ônibus também aderiram.
Em Maceió, parou o atendimento em seis postos do SUS (Sistema Único de Saúde). Professores e servidores da Universidade Federal atrasaram em duas horas o início do expediente.
No Rio Grande do Sul, segundo a CUT, houve paralisação parcial dos professores de escolas públicas e particulares e dos previdenciários. No final da tarde, os manifestantes fizeram um ato no centro de Porto Alegre.
Professores particulares, metalúrgicos, petroleiros e previdenciários pararam ontem em Recife. Durante a tarde, a CUT, CGT e o movimento estudantil fizeram uma passeata no centro.

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