São Paulo, sexta-feira, 25 de março de 1994 |
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Dirceu usa dinheiro público na campanha Câmara paga envio de propaganda DANIELA PINHEIRO
Os convidados também receberam no mesmo envelope um folheto de propaganda eleitoral do possível candidato ao governo de São Paulo, o que é proibido por lei. A lei eleitoral veta o uso de verbas públicas para campanhas eleitorais. A correspondência, a confecção do material usado (no caso, o envelope) e a propaganda destinada a conquistar votos são considerados gastos eleitorais. Estes deveriam ser revertidos em bônus eleitorais pelo Ministério da Fazenda. No entanto, a assessoria de Dirceu explica que tem direito a CR$ 900 mil para serem aplicados pelo gabinete, seja em cartas ou telefonemas. "Usei o envelope e a franquia dentro da minha cota para chamar amigos e comemorar meu aniversário", disse o deputado. A festa aconteceu dia 21, no Bar Avenida, em Pinheiros. O secretário-geral do PT de São Paulo, Paulo Frateshi, disse ontem que o partido não tem nada contra o fato de Zé Dirceu ter usado a cota de seu gabinete para enviar convites e propaganda eleitoral. Segundo ele, "toda a estrutura que o Zé Dirceu puder usar, dentro dos limites da legalidade, deve ser usada". Frateshi entende que o deputado não cometeu nenhuma irregularidade. "Ele não convidou ninguém para a festa da filha e sim para o aniversário dele", afirmou. Colaborou a Reportagem Local Texto Anterior: Futuro de Maluf está condicionado a FHC Próximo Texto: CNBB defende Ministério da Defesa Índice |
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