São Paulo, sexta-feira, 25 de março de 1994
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Rapaz diz não lembrar de nada

DA SUCURSAL DO RIO

Bernardo Penalva Carvalho está em sua casa, em Laranjeiras (zona sul), e passa bem. Seu pai, Fernando Penalva Carvalho, disse que o filho não se lembra de nada do cativeiro porque foi mantido com os olhos vendados.
Segundo a família, Bernardo ficou algemado e acorrentado, e recebeu duas refeições por dia no cativeiro. Segundo seu pai, Bernardo irá descansar em casa por alguns dias.
Fernando Penalva Carvalho disse que se surpreendeu com a atitude do motorista Armando Reis. "Eu o considerava uma pessoa de confiança, um funcionário normal", afirmou.
Ele disse que nunca imaginou que alguém da família pudesse ser sequestrado e por isso nunca pensou em nenhum tipo de segurança especial. Penalva Carvalho disse que "é cedo" para dizer se vai contratar um guarda-costas.
"Não existe nada pior do que ter um filho sequestrado, e não saber o que vai acontecer com ele", disse Fernando Penalva. Ele disse que "confiou cegamente" no trabalho da polícia, e fez questão de agradecer aos policias da DAS: "são uma mistura de assistente social, investigador, protetor e amigo".

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