São Paulo, sexta-feira, 25 de março de 1994
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Caça ao bacalhau começa com pesquisa e reservas

SYLVIA COLOMBO
DO BANCO DE DADOS

Quem quiser seguir a tradição e saborear um bacalhau na Semana Santa, pode ir se preparando pois nem só de Gomes de Sá vive o bacalhau na cidade de São Paulo. As alternativas são muitas, assim como os preços cobrados pelas casas que oferecem o produto, que pode vir cozido, assado, em postas, iscas ou desfiado.
O mais em conta é mesmo o tradicional Gomes de Sá (com batatas, cebola e ovo cozido), que no Bocage sai por CR$ 16 mil. Outra sugestão do restaurante é o festival de trutas, que cobra CR$ 7,5 mil por pessoa. A casa ainda dá de brinde uma garrafa de vinho nacional. Econômico também é o bacalhau à espanhola (com grão de bico e pimentão) que o Fuentes oferece por CR$ 18 mil.
Para quem procura um prato mais nobre e não se importa em gastar um pouco mais, o Sacurita's prepara o bacalhau à imperador, com uma posta de lombo regada a vinho trebiano. Já no Antiquarius, o destaque é o bacalhau à moda antiga, também com lombo, limão e batatas. "Não somos restaurante só de bacalhau", afirma José Bataglia, proprietário do Marquês de Marialva, contrário à simplificação que se faz das cozinhas espanhola e portuguesa. "É como achar que comida brasileira é só feijoada", completa. Para comprovar sua afirmação, mostra o cardápio de seu restaurante, que contém peixes, trutas e frutos do mar. No Cantábrico, a opção é o camarão que leva o nome da casa (com frutos do mar e vinho branco). Sai por CR$ 37 mil.
Outra dica para quem costuma gastar muito com bebidas é ir ao Dalí levando o seu próprio vinho. O restaurante não cobra a chamada "taxa de rolha", paga na maioria dos restaurantes pelos clientes que trazem bebida própria. No Dalí, a especialidade da casa é o bacalhau Haddock. Seus bolinhos de bacalhau também são recomendados.
A cozinha espanhola aposta ainda na paella como opção para quem quiser evitar carne vermelha. No Los Molinos o prato sai por volta de CR$ 23 mil. Já o Don Curro oferece sua paella com camarão e lagosta por cerca de CR$ 50 mil. Tanto o bacalhau como as outras opções não terão ofertas especiais de preços para a Semana Santa. Mas, como os valores são muito diferentes entre um restaurante e outro, vale a pena pesquisar bem antes de sair de casa e fazer sua reserva, pois as casas enchem e o peixe acaba.
O que os restaurantes garantem é a fartura dos pratos, que podem ser facilmente divididos. Como no caso do bacalhau do tradicional Parreirinha, no centro da cidade, onde cada porção "dá para dois ou três", segundo Waldemar Dias Coelho, o proprietário. A grande maioria dos preços está em cruzeiros reais, havendo conversão para a URV apenas no caso de pagamento com cartão de crédito.

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