São Paulo, sábado, 26 de março de 1994
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Reajuste perde ritmo nos supermercados

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

Os supermercados reduziram o ritmo de reajuste de preços na terceira semana de março. O aumento médio foi de 7,94%, a menor taxa nas últimas nove semanas. Mesma tendência ocorreu nos hipermercados, onde os preços subiram 9,09%, contra 10,19% na semana anterior.
Os dados são de pesquisa do Datafolha com 96 itens entre alimentos, produtos de higiene, beleza e limpeza em 12 supermercados e 12 hipermercados de São Paulo no período de 15 a 22 de março.
Os alimentos, principais responsáveis pela aceleração dos preços nas últimas semanas, são os produtos que estão impedindo alta mais acelerada nesta semana.
Outra pesquisa do Datafolha, apenas com alimentos básicos, mostrou que a elevação destes produtos foi de 4,33%, a menor desde janeiro.
Os reajustes menos acentuados nos alimentos básicos ocorreram devido à reversão de tendência de cereais, hortifrútis e carnes. O feijão, com oferta melhor de produto, teve redução de preços, enquanto a pressão na carne, em plena safra, diminuiu.
Os hortifrútis tiveram várias quedas, entre elas a do tomate, um dos principais legumes consumidos.
Nas últimas quatro semanas, os supermercados reajustaram seus preços em 41,6%, enquanto nos hipermercados os aumentos estiveram em 45,9%. Dos 14 setores pesquisados pelo Datafolha, oito ainda mantiveram reajustes acima da média de 7,94% dos supermercados esta semana.
Alimentos enlatados, doces e temperos subiram 12%, enquanto farinhas e produtos de higiene passaram a custar 10% mais. As menores altas ficaram para cereais (2,77%), hortifrútis (3,29%) e carnes (4,87%).
Apesar da desaceleração, os hortifrútis ainda são os campeões de aumentos nos últimos 30 dias (49,03%), seguidos de derivados de leite (45,86%) e de produtos de higiene (45,06%).
Firmino Rodrigues Alves, da Associação Paulista de Supermercados, prevê uma retomada dos aumentos nas próximas semanas, com impacto mais forte a partir de 10 de abril, quando acabam os estoques comprados em cruzeiros.
Atribui esta nova aceleração aos aumentos médios de 10% praticados pelas indústrias nos produtos industrializados negociados em URV. Mozarela e leite longa vida, por exemplo, têm reajustes próximos a 20%, disse.

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